UMA BREVE REFLEXÃO

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Livre-se da TV a cabo…

Durante mais de três décadas trabalhei em emissoras governamentais e particulares de rádio e televisão, no Brasil, no Canadá e nos Estados Unidos, e em muitas dessas emissoras o dinheiro do meu salário vinha da publicidade. Em determinada época, trabalhei numa das maiores produtoras de filmes publicitários de São Paulo e, portanto, vivia da publicidade.

Mas os tempos mudaram, e eu também. Hoje, confesso que odeio publicidade. Considero um tremendo absurdo assistir um filme que é interrompido a cada 10 ou 11 minutos por três ou quatro minutos de anúncios chatíssimos, que se repetem o tempo todo. Absurdo ainda maior é ter TV a cabo em casa, pagar mensalmente uma pequena fortuna por esse serviço e ainda ter que engolir os anúncios, do mesmo modo que ocorre na TV aberta.

Outra coisa que me chateia na TV a cabo e na TV via satélite é que pagamos por 200 canais, por exemplo, mas a grande maioria desses canais não interessa a ninguém. E os filmes que eles oferecem geralmente são ruins e repetem o tempo todo.

Felizmente temos a Internet. Hoje, os aparelhos de TV e de Blue-Ray e diversas consoles de videogame, permitem acesso direto à rede mundial de computadores. Graças a isso, dei meu grito de independência e rompi completamente meu vínculo com a TV a cabo. .

Meu primeiro ato foi abrir uma conta na Neftlix (www.netflix.com). Pagando oito dólares por mês, tenho acesso imediato, via Internet, a milhares de filmes, documentários e programas de TV, muitos dos quais são bastante recentes, que posso assistir na minha TV. Minha conta permite assistir quantos filmes eu quiser, na TV, no computador ou até no meu telefone celular.

A Netflix é a grande onda hoje nos Estados Unidos, por causa da enorme quantidade e variedade de filmes e programas de TV que disponibiliza para seus clientes por um  baixo custo mensal (oito dólares) e pelo fato de que não é preciso firmar contrato algum. Se o cliente não estiver satsfeito, cancela o serviço quando quiser. As TVs a cabo e via satélite, por sua vez, geralmente exigem do cliente um contrato de dois anos. Há dias fiquei sabendo que a Netflix vai expandir em breve o seu serviço à América Latina, em Espanhol e Português, e estará disponível no Brasil. Visite o site e informe-se melhor a respeito.

Claro que posso continuar assistindo os canais locais de TV digital aberta, que transmitem em alta definição, utilizando uma antena ao lado da minha casa. Nesses canais, o que me interessa são os noticiários e as transmissões esportivas.

Há várias outras opções de programação pela Internet, das quais posso desfrutar sem ter que sair de casa para procurar as vídeo locadoras. Encontramos filmes e programas de TV para alugar em sites como Blockbuster.com, Hulu.com, Amazon.com e Walmart.com. Tudo isso on demand, isto é, na hora em que o cliente quiser, bastando apertar um ou dois botões no controle remoto. Você pode fazer uma pausa na exibição para ir ao banheiro ou para jantar, por exemplo, e até parar o filme e continuar assistindo mais tarde ou no dia seguinte. Como estamos falando de Internet, toda essa programação está disponível no mundo inteiro, onde quer que haja acesso à Rede.

clip_image002Pela Internet podemos assistir uma variedade imensa de programas, filmes, documentários e coberturas especiais, usando o computador, sem pagar nada. É possível ligar a TV diretamente ao computador, como se a TV fosse o monitor, e assistir o que bem entender, na própria TV. Já existem até mini computadores específicos para isso, como o  o Dell Zino HD o eMachines Mini-e, por exemplo. São computadores moderníssimos, com recursos bastante avançados, mas que são muito pequenos, especiais para colocar atrás da TV e navegar pela Internet em alta definição e com som surround da mais alta qualidade. Os dois modelos mostrados aqui custam aproximadamente US$300 cada.

Pois é, livrei-me da TV a cabo, livrei-me da propaganda exagerada e ainda estou economizando uma boa grana por mês.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Não confie demais na tecnologia.

Ouvi hoje cedo uma matéria da rede pública de rádio dos Estados Unidos NPR sobre o excesso de confiança em aparelhos de GPS. Vários turistas que visitaram recentemente o Parque Nacional do Vale da Morte, a nordeste de Los Angeles, Califórnia, perderam-se em pleno deserto, onde a temperatura chega a quase 50 graus Celsius. No ano passado, uma mulher foi acampar no Parque com seu filho, usando o GPS, mas perdeu-se em uma estrada abandonada. Foram encontrados cinco dias depois. O rapaz morreu, e a mãe sobreviveu por pouco. O GPS não funcionou e indicou o caminho errado.

Essa matéria da NPR me fez lembrar do tempo em que fiz meu curso de pilotagem. Uma das matérias do curso teórico é sobre navegação, onde o aluno aprende a fazer triangulação e a computar fatores que afetam seu voo, como o vento, por exemplo.

Pois bem, numa das aulas, o professor começou a falar dos aviões modernos, dotados de computadores que facilitam bastante a tarefa do piloto. Ele explicava que, hoje, os aviões bem equipados podem voar de um ponto a outro sem interferência do piloto e, em alguns casos, até pousar sozinhos.

Em dado momento, um dos alunos perguntou:

-- Professor, se há computadores que fazem tudo isso e que corrigem a rota a cada segundo, que estamos fazendo aqui, aprendendo navegação?

O professor respondeu:

-- Bem, como todos sabem, os computadores são máquinas eletrônicas, dotadas de milhares de minúsculos transistores. Suponhamos que você esteja voando de Nova York a Chicago e, no meio do caminho, durante uma tempestade, um desses transistores deixe de funcionar. Se você não tiver estudado navegação, que vai fazer?

  É bom poder contar com as maravilhas da eletrônica, mas é melhor ter sempre uma alternativa, uma válvula de escape, uma saída de emergência, para o caso de um transístor deixar de funcionar.

cockpit

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Mais uma utilidade do telefone celular.

Tem gente que gosta de fazer exercício ouvindo música. Essas pessoas levam seu iPod e saem pelas ruas, andando ou correndo. Outros há que não saem às ruas, mas se exercitam na academia ou em casa, também ouvindo música ou o rádio.

Com os chamados “smart phones”, isto é, os iPhones, Androids ou Blackberrys da vida, não é preciso levar o iPod, porque o telefone também toca música e permite ouvir rádio. Com o aplicativo adequado, pode-se ouvir emissoras de rádio de qualquer parte do mundo no telefone celular.

Mas o celular também tem outro tipo de utilidade. Existem dezenas de aplicativos para “smart phones” que ajudam muito na organização de um programa de exercícios físicos realmente proveitosos. Com um aplicativo desses você pode calcular praticamente tudo em um programa de exercícios físicos, inclusive sua perda de calorias. Quem caminha pode medir a distância percorrida, o ritmo da caminhada e até o número de passos dados.

Meu exercício é andar de bicicleta, pelo menos meia hora por dia. E, como tenho um telefone Android (Motorola Droid X), uso um aplicativo grátis oferecido por uma companhia de seguro médico, que se chama “Humana Fit” e que pode ser baixado do Android Market.

Humana Fit Usando o receptor de GPS do telefone, o aplicativo “fala” de minuto em minuto, e me fornece a distância percorrida, a duração do exercício, a velocidade média e a velocidade atual. Posso ouvir o rádio ou música através do telefone e, de minuto em minuto, o aplicativo interrompe a música para dar essas informações. Enquanto vou pedalando, sei a distância que já percorri, há quanto tempo estou pedalando, minha velocidade média e minha velocidade no momento em que é dada a informação.

A região do sul da Flórida, onde está a cidade de Miami, tem a peculiaridade de ser totalmente plana. Não há sequer uma pequena colina para ilustrar a paisagem. Subida mesmo só há quando temos que atravessar uma ponte ou viaduto. Portanto, é ideal para quem anda de bicicleta, principalmente os mais velhos, que já não têm muita força nas pernas…

2010-12-25_10-33-56_320Tem gente que anda na rua, entre os carros, mas é muito perigoso. A maior parte dos motoristas abre caminho, mas sempre tem um ou outro que não gosta de bicicletas no meio do trânsito. Caminhões e ônibus são os mais perigosos, mas é fácil entender por quê. Manobrar um caminhão enorme ou um ônibus lotado de passageiros não é tão fácil como manobrar um Fiat Uno ou um VW Gol. Então, prefiro evitar as ruas e avenidas, mesmo em bairros de pouco movimento. Carrego a bicicleta até o local do exercicio usando minha picape Chevrolet 54.

A cidade de Miami tem muitos parques e todos eles têm ciclovias. Então, é só escolher um parque e começar a pedalar, gratuitamente e com toda segurança. 

2011-07-25_08-07-54_613  2011-07-25_08-05-11_517

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Exercício ideal para a terceira idade.

Andar de bicicleta é um bom exercício para os jovens. Depois de uma certa idade, fica difícil aguentar o esforço exigido por uma “bïke” comum ou por uma “Mountain Bile”. Mas há um jeito de aproveitar o ciclismo, mesmo que você já tenha passado dos 70 anos de idade…

Esta é uma bicicleta do tipo “recúbita”, em que se anda quase deitado para trás, como em uma moto Harley-Davidson. O assento largo, com encosto, proporciona conforto fora do comum e o câmbio de 18 velocidades torna as coisas muito mais fáceis na subida. Com ela, é possível andar o dia inteiro, se você quiser.

O modelo chama-se “ReBike 2600” e foi criado pela grande fábrica americana Schwinn em 1998. Custou 450 dólares e ainda está em perfeito estado. O único problema para quem quer ter uma é que esse modelo deixou de ser fabricado há 12 anos.

 

2011-07-20_08-40-21_857

 

2011-07-20_08-41-55_482

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você ainda ousa sonhar?

Quando eu era menino, tinha muitos sonhos. A maioria deles tornou-se realidade, ainda antes de eu ser adolescente. Mas, na adolescência, passei a alimentar outros sonhos. Esses, também, tornaram-se realidade e minha vida acabou tomando os rumos que eu queria que tomasse. Continuei sonhando e, pouco a pouco, fui realizando esses sonhos.
Alguns dos meus sonhos eram irrealizáveis e foram deixados de lado, porque chegou o dia em que me compenetrei de sua impossibilidade. Outros, deixei de lado porque mudei de idéia em relação aos meus objetivos.
Nunca sonhei com a riqueza econômica, porque não seria suficientemente ganancioso para guardar tudo só para mim e para os meus. Se eu ficasse rico, seria por pouco tempo, porque acabaria distribuindo tudo entre os pobres ou minha fortuna seria tomada por algum esperto que soubesse explorar minha singeleza. Tive muitas oportunidades de alcançar a riqueza, frequentei ambientes e conheci pessoas que poderiam me tornar muito rico. Mas, de um modo ou de outro e conscientemente, sempre acabei me desviando para outros caminhos.
A riqueza não traz a verdadeira felicidade e eu sempre soube disso. Permite comprar tudo, abusar dos prazeres e humilhar os que têm menos. A riqueza exagerada permite até a filantropia, que muitos usam para se fazerem famosos e para aliviar o peso da consciência. A riqueza traz poder, mas o poder nada tem a ver com a verdadeira felicidade, que encontramos nas pequenas coisas que qualquer um pode ter. A verdadeira felicidade está em poder andar no meio da multidão sem ser molestado,  dormir sossegado, viver numa casa sem muralhas ou guardas de segurança. Só é verdadeiramente feliz aquele que se contenta com o que tem e não passa cada minuto da vida pensando em aumentar seu patrimônio e que faz tudo, licitamente ou não, dentro da ética ou não, com moralidade ou não, para ter mais e estar sempre por cima.
Meus sonhos me levaram a viajar, a conhecer muitos lugares e muita gente e me levaram a aprender muito. Com a idade e o aprendizado vieram outros sonhos que ditaram minhas ações e me levaram pelos caminhos que eu sempre quis percorrer. Mas também estive diante de muitos becos sem saída e precisei voltar atrás, começar tudo de novo. Por exemplo, tive relacionamentos com os quais sonhei durante muito tempo. Realizado o sonho, acabei por descobrir que não era aquilo que eu queria e tive que recomeçar.
Muito cedo perdi minha mãe, meu pai e meu único irmão, as três pessoas que me conheceram melhor do que ninguém. Perdê-las foi um pesadelo, dividido em três partes. Mas até isso é positivo porque aprendi a avaliar melhor e a cultivar melhor as minhas amizades e os meus relacionamentos.
Envelheci. Acho que nunca sonhei com a velhice, mas até isso eu consegui. E, na velhice, descobri que a verdadeira felicidade está em coisas aparentemente insignificantes, como ouvir minha neta me chamar de “vovô lindo” ou dizer que me ama. Minha felicidade está no companheirismo de minha esposa, que me aceita como sou e me apóia em tudo que faço, mesmo que não seja do agrado dela. Minha felicidade está em ainda poder pegar minhas ferramentas e trabalhar embaixo de minha velha picape Chevrolet 1954, em andar de bicicleta, em dirigir 14 horas sem parar na volta de uma viagem ao Tennessee, em cortar a grama do meu quintal e do jardim da frente de minha casa uma vez por semana… e outras coisinhas assim.
Pois é, envelheci, mas os sonhos não se acabaram. Continuo sonhando a todo instante e não me importo em dizer que sou um sonhador. Sempre fui, porque os sonhos orientam minhas ações e alimentam minha alma.
Meus sonhos estão no meu coração e, desde pequeno, Deus me deu todos os desejos do meu coração. Não realizei coisa alguma por mim mesmo. Sempre que tentei tomar as rédeas da minha vida, acabei com os burros n’água… Com isso, fui assimilando lições, por vezes bem amargas. Mas a maior lição de todas foi esta: deixe todas as suas preocupações, suas mágoas e amarguras, deixe todos os seus problemas nas mãos de Deus. Ele sabe o que é melhor para você.
Você sonha? Ou acha que o sonhador vive nas nuvens e não consegue por os pés no chão?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Morte lenta.

Está mais do que confirmado pela ciência e pelas estatísticas que o péssimo hábito de fumar causará sua morte com certeza, a menos que outra coisa o mate primeiro.

No_Smoking

domingo, 10 de julho de 2011

Não tenho vergonha.

Rui Barbosa escreveu e ainda está escrito:

"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto".

Não, eu não me envergonho de ser honesto. Em vez de vergonha, eu sou tomado de uma pena e desprezo muito grande por aqueles que representam as nulidades, as desonras, as injustiças, e as maldades. Eles não merecem a minha vergonha; só mesmo a minha pena e meu desprezo.

Desprezo o pobre de espírito que se acha grande e poderoso só porque tem um carrão importado e uma casa maravilhosa.

Desprezo o mentiroso, que vai pela vida pensando que engana a todos e que, no fundo, só consegue enganar a si mesmo.

Desprezo o governante que, em vez de administrar, passa cada minuto das 24 horas de seu dia imaginando esquemas que lhe permitam roubar e enriquecer cada vez mais e que tem a petulância de chamar a isso de "política".

Desprezo o legislador que, eleito graças às suas promessas vazias, vende seu voto e sua alma a quem der mais, legislando sempre em benefício próprio.

Desprezo o magistrado que se julga dono da lei e a manipula de todos os modos, tirando proveito dela sempre que pode.

Desprezo o funcionário público que faz da sua vida um lamaçal de propinas e troca de favores.

Desprezo o comerciante que vende produtos pirateados, contrabandeados, estragados e vencidos.

Desprezo o empresário que usa seu dinheiro para comprar políticos, fiscais, policiais e juízes.

Desprezo o patrão que explora o empregado.

Desprezo o empregado que rouba do patrão. 

Desprezo o covarde que agride mulheres e crianças e que se acha no direito de abusar daqueles que domina.

Desprezo o/a “artista” sem talento, que vende o corpo e abre mão de sua integridade, sujeitando-se a todo tipo de sujeira para alcançar a fama e ganhar dinheiro.

Tenho pena de toda pessoa que explora o pobre, que pisa sobre o fraco, que ri do maltrapilho, que nunca ajuda seu semelhante.

Tenho pena de toda pessoa que acha que o sucesso é o mais importante e que mede o sucesso pelo tamanho de sua riqueza. 

Tenho pena de todo aquele que sonega impostos, alegando que faz isso para não ser roubado pelos corruptos.

Tenho pena de toda pessoa que sabe da corrupção, das sujeiras e mazelas e nada faz para acabar com elas, limitando-se a rir da desgraça nacional e votar sempre nos mesmos crápulas e mentirosos.

Não, eu não me envergonho, porque posso andar de cabeça erguida e olhar para o espelho com a maior sinceridade e dizer: sou honesto! E me conforto no ditado de que não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe.

A morte é para todos: ricos e pobres, sinceros e mentirosos, bonitos e feios, gordos e magros, doentes e sadios, inteligentes e imbecis, homens e mulheres, pais e filhos, governantes e governados, juizes e advogados, livres e encarcerados… Meu dia chegará e pode estar perto. Mas eu sei para onde vou e com Quem vou me encontrar. Você sabe? Tem certeza?

domingo, 3 de julho de 2011

Paz.

Em Brainbridge Island, Seattle, Washington, USA – Julho de 2009

Paz, harmonia, tranquilidade, silêncio… e a câmera pronta para gravar este instante para sempre.