UMA BREVE REFLEXÃO

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pedágio e outras maracutaias.

Recebi ontem, de vários amigos meus, um e-mail sobre uma estudante de Direito do Rio Grande do Sul, que diz que não paga pedágio, porque a cobrança de pedágio nas estradas brasileiras é inconstitucional.

Não sou estudante de Direito (e não sou do Rio Grande do Sul), mas faz tempo que venho dizendo que a cobrança de pedágio no Brasil é inconstitucional, principalmente nas estradas do estado de São Paulo que conheço bem. Ali, as autoridades têm a petulância de bloquear qualquer caminho alternativo, obrigando o viajante a pagar pedágio, se quiser passar. Isso é uma flagrante violação do direito de ir e vir, garantido pela Constituição. Que absurdo! Isso é país livre? Isso é democracia?

É maracutaia, porque as estradas foram todas construídas com verbas públicas, isto é, com dinheiro do povo. Em muitos casos, foram construídas graças a empréstimos internacionais, como a Rodovia dos Imigrantes, entre São Paulo e a Baixada Santista. Os contribuintes brasileiros pagam por esses empréstimos, mas as empresas concessionárias beneficiam-se das rodovias que são públicas.

E o IPVA? É outra tremenda maracutaia. Esse imposto nasceu como alternativa à cobrança de pedágio. A idéia era de que, pagando o IPVA, nunca mais teríamos que pagar pedágio no Brasil. Maracutaia…

Quem é que aprova a concessão das rodovias? Quem é que aprova os aumentos do pedágio? Ora, é o legislativo, que está cheio de picaretas que vendem seu voto a quem pagar mais. Eles precisam vender o voto, porque têm um salário baixo demais e poucas mordomias. Maracutaia.

Quando chegar a hora de o Brasil comprar novos aviões para a FAB, quem será o fornecedor? Aquele que oferecer o melhor produto? Duvido. Conhecendo os governantes brasileiros como eu conheço, só posso pensar que quem vai vender jatos de combate ao Brasil será o país que pagar a maior propina e oferecer outras benesses aos homens que dedidem. Homens? Não sei se eles são homens. Mais parecem ratos do que homens…

Por que tanto pedágio no Brasil? Para sustentar os corruptos? Outro dia viajei de carro com um grupo de amigos, de Miami para a cidade de Franklin, na Carolina do Norte, uma viagem de 2.400 km, ida e volta, por excelentes estradas, como é o padrão americano, e pagamos ZERO de pedágio!

E ainda dizem que americano é rico? Rico é o brasileiro, que paga pedágio e não reclama, que paga mais caro pela gasolina (que tem todo tipo de mistura para render mais) e não reclama, que paga IPVA e não reclama, que sabe que os políticos são corruptos e não faz nada.

E o famigerado IPVA? Os corruptos precisam dele também? Temos três carros aqui em casa. Paguei ontem o licenciamento dos três carros, por um ano e o valor total, pelos três carros, foi de 160 dólares, isto é, R$ 291,20. Só isso. E não tem a picaretagem de IPVA, nem nada.

E, quando se paga pedágio por aqui, não é a mesma roubalheira. Para ir de Miami a Orlando, por exemplo, posso usar uma super rodovia chamada “Florida Turnpike”, pagando 15 dólares de pedágio. Ao câmbio de hoje, de 1,82 reais por dólar, o pedágio entre Miami e Orlando custa R$ 27,30 (reais). A distância é de 400 km. Pois bem, entre São Paulo e Bebedouro a distância é de 380 km e conheço muito bem esse caminho. O pedágio nesse trecho custa R$ 59.40 (reais). Ou seja, o brasileiro paga mais do que O DOBRO que o americano, em pedágio, e não reclama! E tem mais: se eu quiser ir a Orlando sem pagar pedágio, tenho dois caminhos alternativos, ambos com super rodovias de passagem totalmente livre. E no Brasil? Ora, no Brasil eles bloqueiam as alternativas…

Meu Deus! Até quando esse povo vai aguentar isso? Até quando vai continuar elegendo Sarneys, Malufs, jogadores de futebol, apresentadores de televisão e palhaços profissionais? Até quando?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Símbolo de “status”?

Conheço gente no Brasil que mal tem o que comer, porque gasta tudo que ganha pagando as prestações do seu carrão importado, grande símbolo de “status” no nosso país. Infelizmente, quando se abriu a importação de veículos no Brasil, para concorrer com as “carroças” que ali eram produzidas, abriu-se a porteira para a entrada de carroças ainda piores do que as piores carroças nacionais.

A foto abaixo mostra a revolta de um cidadão que comprou seu Chery Face, fabricado na China, e arrependeu-se da compra. Ele agora precisa de peças de reposição para seu carrão importado, mas essas peças não existem no mercado brasileiro e a fábrica não tem previsão de quando vai poder entregá-las.

E os carros da tal de “JAC Motors”, que usa minhas iniciais sem ter pedido autorização, parece que também não estão com nada.

É, realmente a China está num embalo tremendo para dominar o mundo. Só que, se continuar desse jeito, vai ter que desistir…

Chery_Face

Três “máquinas” de voar.

Todo fotógrafo vive momentos felizes assim. Fiz esta foto no aeroporto Kendall-Tamiami, aqui perto de minha casa, durante um recente show de aviação.

As três “máquinas” de voar são um avião de treinamento militar NA-T6, um blimp da Good-Year e um passarinho. Clique na foto para vê-la ampliada.

At_Tamiami

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O barulho que não ouvimos.

Se você for morar perto de um aeroporto, no começo vai se incomodar com o barulho dos aviões, mas acaba se acostumando e, logo, não escuta mais as turbinas. Se morar ao lado da estrada de ferro, é a mesma coisa. No começo, vai acordar toda vez que o trem passar, durante a noite. Depois, seus ouvidos se acostumam e você vai dormir como um anjo todas as noites.

Na verdade, acho que isso acontece porque, no fundo, nós sabemos que não há outro jeito e que temos que aceitar o barulho dos aviões e dos trens, a menos que possamos nos mudar dali para um lugar mais sossegado. Mas, para quem está acostumado com o barulho, até o sossego incomoda.

Digamos que um vizinho seu tem um carro barulhento, com o silenciador estourado e que esse vizinho se levanta todos os dias, às 5 horas da madrugada, para ir trabalhar. Ele liga o carro e deixa o motor esquentar, durante uns 10 minutos, antes de sair. O barulho dele vai incomodar no primeiro dia e todos os dias. Você não vai se acostumar, porque sabe que pode ir lá e quebrar a cara do vizinho para acabar com o barulho. E essa amolação vai continuar até você reagir e fazer alguma coisa. É assim com todo tipo de barulho que a gente acha que pode controlar.

Mas não vamos esquecer do outro lado da moeda. O latido do seu cachorro não incomoda você ou sua família, porque você acha que ele tem o direito de latir quanto quiser. A música que você ouve a todo volume, também não incomoda. Pelo contrário: você acha que tem o direito de obrigar o mundo inteiro a gostar do tipo de música de que você gosta. Ou obrigar o mundo a torcer pelo mesmo time e gritar junto com você.

Agora, pare e pense bem: será que seu cachorro não late demais? E a música que você escuta, não estaria alta demais? E, quando você grita com sua mulher ou com seus filhos, será que não incomoda os vizinhos, que não têm nada com isso?

Seu direito vai até onde começa o direito dos outros.

Para começar bem o dia.

Nada melhor do que uma obra tradicional de Sergei Prokofiev para começar o dia. Aqui está a Marcha, de “Pedrinho e o Lobo”.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A vontade de Deus.

Aprendi que não vim a este mundo para fazer a vontade de minha mulher. Não vim para fazer a vontade dos meus filhos, nem do meu patrão, nem do delegado de polícia, nem do ex-presidente Lula ou da “presidenta” Dilma. Vim a este mundo para fazer a vontade de Deus.

Muito bem. Agora, é só descobrir qual é a vontade de Deus e está tudo certo, não?

Bem, para a maioria das pessoas, a coisa é muito mais complicada do que isso. Então, elas passam a vida esperando por uma comunicação do Paraíso, algum sinal, algum milagre, ou a própria voz de Deus, como um trovão, dizendo o que Ele quer. E, como Deus não se faz ouvir, as pessoas vão vivendo do jeito que bem entendem, fingindo ignorar a vontade do Pai.

Mas todos nós sabemos o que Deus quer de nós, e fingimos não saber. Mentimos, roubamos, enganamos, adoramos estátuas, cometemos adultério, matamos, odiamos e, mesmo assim, achamos que somos bons e nada devemos a Ele.

Os dez mandamentos são um bom resumo da vontade de Deus. Você tem conseguido cumprir todos eles?

sábado, 24 de setembro de 2011

Estatísticas do blog.

 

É interessante acompanhar as estatísticas relativas ao meu blog, que o Google me proporciona todos os dias. E alguns dos dados são apresentados em tempo real.

Posso observar, por exemplo, onde está minha audiência, que tipo de navegador utiliza, e até os sistemas operacionais dos computadores que meus leitores usam.

Stats

Além do Windows e do Mac, tem gente que vê o meu blog pelo iPhone, Android, Blackberry, Nokia e até iPad. É muito legal saber disso.

Minha maior audiência está no Brasil, o que é lógico, considerando que o blog é publicado em português e é dirigido ao Brasil. Mas também tenho uma grande audiência nos Estados Unidos, em países europeus e de outros pontos do mundo.

Durante alguns dias apareceram dados relativos a leitores de Chipre e eu acho que sei quem andou lendo meu blog naquela ilha do Mediterrâneo. Também tenho leitores em Israel, e imagino que sei de quem se trata. Mas não sei quem me acompanha todos os dias na Alemanha, nem na Rússia…

A Internet realmente é maravilhosa.

Mais velho, mais lento, mais experiente…

Um avião militar C-130 Hercules ia voando lentamente pelo céu quando surgiu ao seu lado um veloz F-16. O jovem piloto do jato de caça resolveu exibir-se.

F16

Acelerou a máquina e puxou uma reversão. Depois, subiu quase na vertical e deixou a coisa cair, como folha seca. Ganhou ímpeto de novo e bateu a velocidade do som, antes de estabilizar o jatinho e colocar-se ao lado do pesado C-130.

-- Que tal as manobras, meu velho? – perguntou o jovem piloto do F-16.

-- Nada mau, – respondeu o comandate do cargueiro militar. – Mas, veja isto!

O grande C-130 continuou voando do mesmo jeito, lento e firme, como uma pata choca. Alguns minutos depois, seu piloto perguntou.

-- Que achou das minhas manobras?

C130

O outro não entendeu nada.:

-- Quê? Que foi que você fez? Não vi nada…

Rindo, o velho piloto do C130 respondeu:

-- Eu me levantei, estiquei as pernas, fui até o fundo do avião, usei o banheiro e aí peguei uma xícara de café com um pedaço de bolo de frutas, antes de voltar ao comando…


Moral da história: quando a gente é jovem e inexperiente, a velocidade e o exibicionismo estão em primeiro lugar. Quando a gente envelhece e ganha experiência,  andar devagar, ser muito cuidadoso e levar uma vida mais pacata, não parece ser tão ruim.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mais uma vez, não posso ir…

Sempre gostei da idéia de reuniões com velhos amigos, com pessoas que fizeram parte da minha infância e da minha juventude, com gente que me conheceu antes de eu deixar meu berço natal e sair para tentar conquistar o mundo. É uma coisa saudável, porque nos transporta mentalmente a dias melhores, quando as coisas eram mais simples. Em encontros assim nós também restabelecemos contatos perdidos décadas antes.

Nessas reuniões nós ouvimos muitas histórias e contamos nossas histórias. Lembramos de fatos passados, muitos dos quais acabaram ficando escondidos na nossa memória. Ficamos conhecendo filhos, netos e até bisnetos de nossos amigos de antigamente, e ficamos sabendo daqueles que já deixaram esta vida.

Um grupo de pessoas que conheci quando ainda vivia em Pompéia tem organizado um encontro assim, chamado “Encontro dos Amigos de Pompéia”, que já está na sua décima edição. Considerando que o evento é realizado a cada dois anos, já são 20 anos de Encontro. Assim, este ano com certeza deverá aparecer um bom número de pessoas que nem havia nascido, quando foi realizado o primeiro Encontro.

O Encontro deste ano será realizado em São Paulo, onde mora um grande número de pessoas do “nosso tempo”. Será basicamente um almoço de confraternização, sem nada de muito especial, além da chance de as pessoas se encontrarem e conversarem à vontade, ao som de música dos anos 1960, apresentada ao vivo por um conjunto musical. Mas a organização do evento é tão meticulosa que, logo depois, podemos visitar um site na Internet e ver as fotos de quem estava lá.
 
Esse pessoal não ganha coisa alguma com isso. Faz um esforço tremendo para que os participantes tenham algumas horas para se reunir e bater papo. Sua única motivação é ver a alegria dos velhos amigos que se reencontram e lembram de dias melhores.

Nunca fui ao Encontro dos Amigos de Pompéia, embora tenha sido convidado todas as vezes. Moro longe demais e é difícil deixar minha vida diária para me deslocar até lá. Toda vez que recebo os convites e especialmente quando vejo as fotos, fico tremendamente frustrado, por não ter participado. Mas sei que o fato de morar longe não é desculpa, porque tem muita gente que viaja bastante, só para ir ao Encontro.

Este ano o encontro vai acontecer no dia 16 de outubro, em São Paulo e, mais uma vez, não poderei ir. Lamento profundamente e espero que os amigos e especialmente os organizadores me perdoem pela ausência.

Mas, quero dizer uma coisa: se eu pudesse estar presente, iria fazer um movimento, lá dentro do salão, para que todos se levantassem logo no início, para fazer um brinde muito especial e aplaudir efusivamente os organizadores do evento. Muito obrigado, a todos vocês, que investiram seu tempo e se reuniram inúmeras vezes para arrumar tudo.

E vou continuar esperando que, um dia, eu possa comparecer também.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Perdoe-me pela ignorância…


Perdão pela minha ignorância, mas não sei quem são Paula Fernandes, Luan Santana ou Gusttavo Lima, nem sei bem o que fazem.

Mas, em contrapartida, talvez você não saiba quem é John Pizzarelli, que tenho o prazer de apresentar no vídeo abaixo. É o da guitarra, cantando com Jane Monheit.

Veja o vídeo todo, porque o rapaz é muito bom! Preste atenção especialmente no seu uníssono de voz e guitarra, sua marca registrada.

 

Tinha que ser descendente de italiano!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O prazer do trabalho bem feito.

Muitas vezes faço trabalhos que são vistos por milhares, talvez milhões de pessoas, mas onde meu nome não aparece e, portanto, não recebo crédito algum. Isto é, nenhum crédito além do que o cliente me paga.

Mas em nenhum momento eu me preocupo com as honrarias que poderia receber. Prefiro a satisfação de saber que estou fazendo o melhor que posso e de que meu esforço é reconhecido pelo cliente que sempre volta, com mais trabalho. E também a satisfação de ver que, depois de mais de quatro décadas fazendo o que faço, sou reconhecido entre meus colegas como um bom profissional, que produz um trabalho de alta qualidade e que cumpre rigorosamente os prazos de entrega, mesmo que o trabalho tenha chegado numa sexta-feira para ser entregue na segunda-feira pela manhã.

Houve época em que o faturamento mensal era muito mais alto do que agora e houve época em que o faturamento mensal baixou quase a zero, graças à concorrência desleal de colegas inescrupulosos. Mas eles não conseguiram provar-se, não tinham a qualidade exigida pelos clientes e não cumpriam prazos. Então, o trabalho voltou para minhas mãos e para as mãos de outros como eu, que trabalham honestamente.

O futuro é promissor, graças a um passado de promessas cumpridas. Glória a Deus!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Que é isto?

 

A foto mostra um riacho, quase um rio, com uma cachoeira, bem no meio de uma floresta. Um  lugar simplesmente lindo, não há dúvida.

O que é importante observar nesta foto é que, à esquerda do riacho existe um prédio de apartamentos. Você não gostaria de morar em um apartamento dos fundos desse prédio, com uma vista dessas, com o canto dos passarinhos e com o tranquilizante burburinho da cachoeira, dia e noite?

Esta foto foi tirada nos Estados Unidos, na cidade de Gatlinburg, no estado de Tennessee. em pleno Parque Nacional de “Smoky Mountain”. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Para quem acha que já sabe tudo.

Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
(Eclesiastes 1:1-18)

Tenha um dia abençoado

domingo, 18 de setembro de 2011

Hoje deu saudade.

Saudade da minha terra natal, da minha infância e de algumas coisas que eu tive.  Saudade da bicicleta, dos passeios dominicais a lugares distantes, saudade de um passado que não volta mais.

Por quê? Ora, porque ontem comemorou-se o aniversário da minha cidade, Pompéia, na região oeste do estado de São Paulo, onde nasci e onde vivi até meus 20 anos de idade. Ontem, 17 de setembro, a cidade completou 83 anos. Isso quer dizer que, quando eu nasci, Pompéia tinha apenas 12 anos de vida.

cine rosário

Ela era muito diferente do que é agora. Não tinha indústrias, a maior parte das ruas era de terra, não tinha água encanada, nem esgoto. As estradas que a ela davam acesso eram todas de areia. O forte da economia era a agricultura, representada pelas plantações de café, algodão, amendoim e batata.

Senti saudade dos meus pais, do meu irmão e até do meu “irmão” Koiti Yoshimura, um sujeito sensacional, apenas um ano mais velho que eu, que morou só três anos na minha casa mas que, apesar disso, deixou marcas profundas na minha memória.

Saudade da piscina da Sociedade Recreativa, onde aprendi a nadar. Saudade do grupo escolar e do ginásio. Saudade da Rádio Difusora de Pompéia, onde dei os primeiros passos na minha carreira de radialista. Saudade dos colegas que tive na rádio: Cláudio Parisi, Habib Gantous, José Marques Beato, Waldecy, Cícero, Nelson, Eunice…

Passei todos os primeiros 20 anos de minha vida em Pompéia, e estou fora de lá há quase 51 anos. Muita coisa mudou, em mim e em Pompéia. Quando vou até lá, sinto-me um estranho, que ninguém conhece, de quem ninguém se lembra.

Eu não poderia viver mais em Pompéia. E, na verdade, a culpa não é da cidade, nem minha. A culpa é do tempo. Porque, no fundo, eu não tenho saudade dos lugares. Que me desculpem os amigos que ainda vivem e com quem ainda tenho contato, mas também não tenho saudade de como as pessoas eram naquela época. A saudade que sinto é daquele tempo, quando as coisas eram muito mais simples, quando eu tinha a vida toda pela frente e tudo era alegria.

Saudade eu tenho e sei que essa saudade não vai acabar nunca. Mas isso não me preocupa muito. Afinal, eu sei que o melhor ainda está por vir

Ginásio

sábado, 17 de setembro de 2011

O ipê amarelo.

Na enciclopédia on-line Wikipedia, encontrei as seguintes informações sobre o nosso conhecido e lindíssimo Ipê Amarelo:

“O ipê-amarelo-da-serra (Tabebuia alba [Cham.] Sandwith) é uma árvore brasileira, heliófita, secundária inicial, nativa da Mata Atlântica (floresta ombrófila densa e floresta estacional semidecidual), considerada a árvore símbolo do Brasil, descrita inicialmente em 1832 por Chamiso como Tecoma alba. O nome alba se deve à coloração branca das folhas e ramos novos, devida aos pelos que as recobrem. Está na lista da flora ameaçada do estado de São Paulo.”

Muito interessante. A respeito da “arvore símbolo do Brasil”, eu tenho uma observação a fazer. Mas, antes, veja estas fotos:

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Estas árvores foram fotografadas no Zoológico de Miami, que fica aqui pertinho da minha casa. Contei mais de 30 ipês amarelos naquele local e procurei informações sobre como teriam ido parar ali, mas não encontrei.

Alguém deve ter trazido esse tipo de árvore para os Estados Unidos. Em vários locais de Miami, inclusive nas ruas, podemos encontrar pés de ipê de todas as cores. Acho isso fantástico! Enquanto o ipê amarelo está “na lista da flora ameaçada do estado de São Paulo”, ele se propaga no sul da Flórida, para alegria de pessoas que apreciam a natureza e gostam de fotografá-la.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A destruição das nossas florestas.

Quando o homem põe fogo em uma floresta, não está queimando apenas as árvores, mas também as flores, os insetos, os pássaros e os animais que vivem ali.
Apesar da enorme destruição, feita em nome do progresso, ainda há lugares onde a preservação é importante e onde é possível ver e fotografar espécies como os das fotos abaixo, em seu habitat natural.

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Lontra (Lontra Canadensis)

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Urso Negro (Ursus Americanus)

(Fotos tiradas nos Estados Unidos, no Parque Nacional “Smoky Mountain”, nas Montanhas Apalaches, no estado de Tennessee.)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Bíblia: politicamente incorreta?

 

A lei e os costumes modernos, e até a psicologia e a psiquiatria são contra a disciplina das crianças. Para poderem ser politicamente corretos, os pais e a escola devem deixar que as crianças façam o que bem entendem, para não lhes causar traumas…

A Bíblia prega a disciplina das crianças com vara.

“Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura.” (Provérbios 23, 13-14).

Você acha que a Bíblia é politicamente incorreta?

Verdade, mentira, ou dor de cotovelo?

Meu pai gostava de motos e teve várias. Meu irmão gostava de motos e também teve. Eu gosto de motos e tive várias. Meu filho mais velho gosta de motos, já teve diversas e hoje tem uma linda Harley-Davidson 2010 preta.

Apesar de toda essa paixão por motos na família, eu deixei de ser motoqueiro. Vendi minha última moto há quatro anos e, para dizer a verdade, não tenho saudade dela. Acho que estou velho demais para isso e, depois de ter sido motoqueiro durante mais de 50 anos, resolvi que já era hora de parar.

Mas continuo gostando de motos, sou membro de um clube de motoqueiros e, de vez em quando, saio pelas estradas com um grupo de amigos. Eles todos vão de moto e eu os acompanho com minha picape Chevrolet 1954. Para mim é divertido ir com a picape que, para eles é conveniente, porque pode transportar na carroceria muita coisa que eles não podem levar nas motos. E a picape ainda pode ser útil caso alguma das motos deles tenha problema na estrada. É só colocar a moto na carroceria da velha picape e seguir em frente.

Motos

Numa recente viagem à Carolina do Norte, paramos para almoçar num restaurante e, como não podia deixar de ser, só se falava em motos. Não me lembro exatamente como o assunto começou mas, depois de algum tempo, eles estavam todos fazendo críticas e gozações contra as motos Harley-Davidson.

– Se você pretende comprar uma Harley, – disse um dos rapazes, – é melhor comprar uma carreta também, porque essa moto não agüenta viagens longas…

– Vamos fazer uma coisa, – disse outro. – Vamos contar quantas Harley nós encontramos na viagem, e quantas estão rodando. Aposto que a maior parte delas vai estar em cima de algum reboque…

A Harley-Davidson é uma das motos mais conhecidas no mundo. É bastante procurada, bem vendida, custa caro, e tem uma pá de concorrentes, principalmente as motos japonesas, alemãs e italianas. Mas, entre os motoqueiros que eu conheço, tem a fama de ser um péssimo produto. Dizem que as Harley quebram à toa, vibram demais e consomem mais gasolina do que muitos carros.

Não sei se é verdade. Uma coisa eu notei: todos os motoqueiros que vi fazendo comentários como esses, têm motos de outras marcas. Seria exagero? Ou dor de cotovelo?

Depois daquela parada no restaurante, resolvi observar o movimento na estrada. Foi uma longa viagem, de mais de 2.000 km (ida e volta), entre Miami e a cidade de Maggie Valley, na Carolina do Norte, que durou quatro dias. A região por onde andamos é bastante procurada pelos turistas e, como fica nas Montanhas Apalaches, atrai muitos motoqueiros.

Passamos por motos de todos os tipos e procedências. Muitas motos rodando, e muitas sendo transportadas sobre carretas ou nas carrocerias de camionetes. Por incrível que possa parecer, a maior parte das motos que vi fora da estrada, isto é, sobre carretas ou camionetes, era da marca Harley-Davidson… Coincidência? Talvez. Mas, toda vez que cruzávamos com uma delas, alguém fazia um comentário a respeito, pelo rádio que usamos para comunicação entre nós.

Eu gosto de motos e gosto das motos Harley-Davidson. Mas, se resolver comprar moto de novo, o que acho pouco provável, vou escolher outra marca, provavelmente alemã…

Motos2

Fotografia digital.

 

Minha primeira câmera digital produzia imagens de apenas 1,2 megapixels e eu considerava maravilhosas as fotos que tirava com ela. Isso foi há mais de 10 anos.

Além da elevada qualidade, as fotos digitais podiam ser mandadas por e-mail, impressas em qualquer impressora colorida e até manipuladas com software especial, como o Photoshop. E não era preciso mandar o filme para revelar e esperar uma hora para ver o resultado. As fotos ruins a gente simplesmente jogava fora.

No que diz respeito às fotos digitais, a coisa não mudou. O que mudou foi o tamanho das câmeras, tanto em sua capacidade gráfica (número de pixels) como no tamanho físico das câmeras em si. Veja esta foto:

Clint_s_place_small

Linda, não? Ótima definição, cores espetaculares e tudo mais. O que é de admirar é que foi tirada com a câmera do meu telefone celular, de 8 megapixels. A lente da câmera tem menos de 2mm de diâmetro! Não é incrível?

Clique na foto para vê-la em seu tamanho normal e confira o que estou dizendo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Inspiração…

Rural road

Às vezes dá vontade de morar num lugar assim, longe de tudo e de todos, com muito verde e uma boa estrada, sem movimento, que permita ir e voltar a qualquer hora. Sossego, ar puro, segurança, espaço, silêncio, tranquilidade…

sábado, 10 de setembro de 2011

Grande idéia!

Estamos no caminho certo, mas não podemos nos limitar ao combate contra a corrupção. Temos de ir mais fundo e atacar uma de suas principais causas, que é o voto secreto. Não podemos desistir! Veja a notícia clicando no link abaixo:

http://afinsophia.wordpress.com/2011/09/09/marcha-nacional-contra-a-corrupcao-quer-projeto-de-lei-popular-para-acabar-com-voto-secreto-no-parlamento/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Contra a corrupção.

 

Que as marchas e manifestações contra a corrupção que vimos no Brasil inteiro, neste 7 de setembro, não sejam um evento isolado, mas o começo de uma revolução como nunca houve igual no nosso país.

A C O R D A    B R A S I L !  

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Será que o Brasil tem jeito?

 
Tenho recebido mensagens de amigos brasileiros com várias idéias sobre como reformar o Brasil, e gostaria de me estender em um comentário a respeito.
Antes de mais nada, considero isso um bom sinal porque, no mínimo, mostra que há interesse de alguns em mudar o vergonhoso estado em que se encontra nosso país. Seria bom que todo mundo procurasse fazer alguma coisa, qualquer coisa, para por fim a esse estado de eterna aceitação de tudo de errado que fazem o governo e os governantes. É preciso mudar a conduta dos governados, e mudar logo!
Aqui estão duas boas idéias que recebi e o que acho delas:
1. Reformar completamente o governo, as autarquias, o Congresso Nacional, o judiciário, o funcionalismo público, as polícias, os presídios, os bancos, a aposentadoria, etc., etc.
Minha opinião: nada disso pode ser feito sem a anuência do governo e, principalmente, do Congresso Nacional. Ora, se o governo e o Congresso são os responsáveis diretos pela maior parte da corrupção que corrói o país, nada vai mudar se o Congresso não quiser. E, por acaso você acha que os nossos ilustres corruptos vão votar contra si mesmos? Jamais!
2. Aprovar uma lei federal colocando a corrupção como crime hediondo.
Minha opinião: quantos deputados e senadores você acha que votariam a favor de uma lei dessas? E, mesmo que a lei fosse aprovada, nada iria resolver. No Brasil já existem leis contra praticamente qualquer tipo de crime. Adianta? Não, porque nosso país é o paraíso da impunidade…
Se a ideia é aprovar leis que permitam mudar o país, também quero apresentar uma. É bem mais simples do que reformar tudo e já funciona perfeitamente nos Estados Unidos, onde também há corrupção, política suja e empreiteiras desonestas.
É o que aqui chamam de “recall” e funciona quase igual ao “recall” de veículos defeituosos, isto é, quando um governante não satisfaz ao povo, seu mandato é cancelado e uma nova eleição é realizada para eleger outro governante, seja ele o prefeito, o governador ou o presidente. Não se trata de “impeachment”, processo que é realizado pelo legislativo, mas uma medida que tem origem no seio da população e que depende apenas dos eleitores.
Foi assim que o famoso ator Arnold Schwarzenegger chegou a ser governador da Califórnia. O governador Gray Davis não estava agradando o povo. Através de um simples abaixo-assinado, o povo exigiu que ele fosse afastado do cargo e que um novo governador fosse escolhido por meio de uma nova eleição. Isso foi em 2003.
Neste ano de 2011, o prefeito de Miami foi afastado do cargo por esse sistema e uma nova eleição está para ser marcada.
No caso de “recall” o novo governante é eleito para terminar o mandato do governante afastado, e pode candidatar-se a uma nova eleição, por um mandato completo. Foi o caso de Schwarzenegger, eleito pela primeira vez em 2003 e reeleito em 2006.
Não existe um prazo mínimo para que o governante seja submetido ao processo de “recall”. Isto é, tanto pode ser afastado um governante que está no cargo há vários anos, como alguém que foi eleito um ou dois meses antes. Tudo depende da vontade do povo. É uma lei simplesmente fantástica! O povo vota livremente em quem quiser mas, se o cidadão eleito não corresponder às expectativas, as próprias pessoas que votaram nele se encarregarão de derrubá-lo.
Porém, com voto secreto e com toda a corrupção que há no Brasil, nos poderes executivo, legislativo e judiciário, vai ser muito difícil ter uma lei dessas no nosso país. Difícil, sim, mas não impossível. Basta darmos início a um movimento por uma emenda constitucional nesse sentido.
Pense bem nisso, divulgue essa ideia e, talvez, um dia, o povo possa ter de novo o poder que é só seu, em uma democracia verdadeira.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Continua a falta de vergonha…

 

Clique no link abaixo e leia a notícia:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/968902-maceio-aumenta-numero-de-vereadores-de-21-para-31.shtml

Dá para acreditar? Claro que dá. E, mais uma vez, resolveram tudo na VOTAÇÃO SECRETA!  E o povo, o que faz? Nada, como sempre.