UMA BREVE REFLEXÃO

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Em caso de emergência.

Está sendo divulgado nos Estados Unidos um procedimento padronizado que os paramédicos e socorristas de todo o país devem seguir em caso de emergência envolvendo vidas humanas. Trata-se do recurso “ICE – In Case of Emergency”.

ICEA idéia foi de um paramédico que descobriu que, na grande maioria dos acidentes que ocorrem atualmente, envolvendo pessoas humanas, as vítimas têm telefone celular. O socorrista pode acessar a lista de contatos do telefone, mas não sabe para quem ligar, porque só o dono do celular sabe quem são as pessoas ali relacionadas.

O paramédico então sugeriu que cada pessoa coloque no seu próprio telefone celular, um contato com a sigla “ICE”. O número de telefone a ser colocado nesse contato deve ser o da pessoa que a vítima quer que seja informada, em caso de emergência. A idéia teve repercussão e, hoje, todo socorrista dos Estados Unidos sabe que deve procurar por um contato “ICE” no telefone celular de pessoas incapacitadas.

Se ocorrer uma emergência que impossibilite a pessoa de falar, o socorrista pode usar o celular para chamar a pessoa indicada, porque ele já estará instruído a procurar pela sigla “ICE” na lista de contatos do celular.

É uma idéia genial, que pode ser ainda melhorada, se o dono do celular colocar vários contatos com a mesma sigla, isto é, ICE-1, ICE-2, ICE-3, e assim por diante.

Já coloquei esse contato no meu telefone, para que minha mulher seja avisada em caso de emergência comigo, e coloquei no telefone dela o meu número, para que eu seja informado imediatamente, em caso de emergência com ela.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fotos para serem apreciadas com calma.

 

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Syracuse NY

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Declaração de princípios.

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Uma linda parábola.

Uma mulher abriu a porta de sua casa e viu três homens de idade avançada, com longas barbas brancas, sentados na calçada ali em frente. Dirigiu-se a eles e disse:
-- Acho que não os conheço, mas parece que têm fome. Por favor, entrem e venham comer.
-- Seu marido está em casa? – perguntou um deles.
-- Não, respondeu ela. – Meu marido está trabalhando.
-- Então, não podemos entrar, – disse outro.
À noite, quando o marido chegou em casa, ela contou o que tinha acontecido, e o marido disse:
-- Vá e os convide a entrarem.
A mulher foi e convidou os três homens.
-- Não podemos entrar na casa juntos, – disse um deles.
-- Por que não? – perguntou a mulher.
Um dos velhos explicou:
-- Meu nome é Riqueza. – Apontou para os outros dois e os apresentou: – Ele é o Sucesso, e aquele é o Amor. Por favor, fale com seu marido e nos diga qual dos três vocês querem que entre em sua casa.
A mulher foi conversar com o marido.
-- Que maravilha! – exclamou ele. – Então, vamos convidar aquele que se chama de Riqueza. Assim, vai nos tornar todos ricos.
A mulher não concordou.
-- Querido, por que não convidamos o Sucesso? – perguntou ela.
A nora do casal estava ouvindo e entrou na conversa.
-- Não seria melhor convidar o Amor? – perguntou ela. – Nada melhor do que um lar cheio de Amor.
-- Concordo com a sugestão de nossa nora. – disse o marido. – Vá e convide o Amor a entrar para jantar conosco.
A mulher foi e perguntou aos três velhinhos:
-- Qual de vocês é o Amor? Por favor, entre e venha jantar conosco.
ValentineO Amor levantou-se e foi em direção à porta da casa. Os outros dois também se levantaram e o seguiram. Surpresa, a mulher disse à Riqueza e ao Sucesso:
-- Só convidei o Amor. Por que vocês estão vindo também?
Os três responderam juntos:
-- Se tivesse convidado a Riqueza ou o Sucesso, os outros dois ficariam fora. Mas, como convidou o Amor, nós vamos juntos porque, onde há Amor, também haverá Riqueza e Sucesso!

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Também fui ao encontro.

Pompéia é uma cidadezinha que fica no oeste do estado de São Paulo. É pequena, porém decente. Foi lá que eu nasci, no meio de uma grande percentagem de imigrantes japoneses. A maior parte dos meus colegas de grupo escolar e ginásio tinha nomes nipônicos e falava japonês.

A influência japonesa foi tão grande na cidade que, ainda hoje, a maior indústria de lá, que emprega a maioria dos trabalhadores da cidade e de outros pontos da região e exporta seus produtos para o mundo inteiro, foi fundada por um imigrante japonês, que foi amigo de meu pai e com ele sofreu as dificuldades do início da história da cidade.

A influência japonesa foi tão grande na minha vida que acabei tendo um “irmão” nisei. Koiti resolveu deixar a família em Parapuã e foi morar na minha casa, por insistência dos meus pais. Viveu apenas três anos conosco, mas foram três anos tão intensos que, ainda hoje, eu o tenho dentro do meu coração ocupando um espaço do mesmo tamanho do espaço que ocupa meu irmão de sangue.

Koiti é uma figura singular, um homem cuja história me enche de orgulho, e que você pode conhecer, dedicando um tempo à leitura do blog dele, onde conta tudo, desde o começo e onde minha família ocupa um lugar de destaque. É o “Blog do Cabeça Brança”, que você pode ler clicando aqui. Leia e você vai entender por que eu gosto tanto do Koiti e por que tenho tanto orgulho de ser pompeiano.

Koiti me mandou ontem um relatório sobre o Encontro dos Amigos de Pompéia, que foi realizado no último domigo, dia 16 de outubro. Entre as coisas interessantes que me disse, encontrei esta frase: “cheguei lá antes do meio dia e quando saí as 19hs, ainda tinha vários grupos sentados conversando.” Prova de que, mais uma vez, o Encontro reuniu amigos que têm assunto para muitas e muitas horas.

Até de mim e de minha família eles conversaram. Eu estive no Encontro, em espírito, porque pensei muito neles todos, lembrei de pessoas e de acontecimentos do passado. Enquanto isso, eu estava presente nas conversas deles também. Obrigado, amigos!

Você que é do Rio de Janeiro e tem tanto orgulho de ser carioca, ou você, que nasceu ou morou em Marília e acha que aquela cidade é o centro do universo, ou você que é paulistano, e considera a paulicéia como a “maior do mundo”, contente-se com o que tem, mas saiba que não tem tudo. Eu conheço suas cidades, e conheço muitas e muitas outras, mais importantes, no mundo todo. Mas para mim, Pompéia é tudo. Não tem praias, mas tem os vales e as colinas mais lindas do mundo! Não cresceu muito, porque não tem para onde crescer, mas é gigantesca no meu coração. Ali estão minhas raíses, ali está o meu passado. No Encontro estão as suas melhores lembranças.

Um dia eu ainda vou ao Encontro!

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

São Paulo em primeiro lugar.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro fez um levantamento de dados e comparou informações sobre educação, saúde, renda e emprego (geração e salários médios de empregos formais) de todos os municípios do país e com os dados levantados criou o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), e assim foi possível criar o Ranking com as 100 melhores cidades do Brasil para se morar. Porém não implicam neste estudo, o índices de violência.

Foram coletados dados oficiais dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho de todos os municípios, e desta maneira pode se perceber que no Top 100 melhores cidades para viver a maioria fica no estado de São Paulo, inclusive todas os municípios até a 27ª posição, por exemplo, são do estado.

Em seguida vem Jaraguá do Sul de que aparece em primeiro no estado de Santa Catarina, mas em 28º na colocação geral. No Espírito Santo, Vitória, na 48º colocação geral é a melhor cidade para se viver. O melhor município do Paraná é Londrina, 51º na colocação geral. Já a melhor cidade do Rio de Janeiro é Macaé, que fica na região norte fluminense do Rio, onde tem grande exploração de petróleo. No estado de Minas Gerais a melhor colocada foi Itabira 73ª posição.

Veja agora o Ranking com as 100 melhores cidades do Brasil para se morar:

0º Torrinha ou Borá(empatadas) pesquise o número de habitantes em Borá

1º São Caetano do Sul SP
2º São José do Rio Preto SP
3º Indaiatuba SP
4º Araraquara SP
5º Jaguariúna SP
6º Barueri SP
7º Sertãozinho SP
8º Marília SP
9º Santana de Parnaíba SP
10º Louveira SP
11º Vinhedo SP
12º Guaíra SP
13º Bauru SP
14º Itatiba SP
15º São Carlos SP
16º Boituva SP
17º Sorocaba SP
18º Ribeirão Preto SP
19º Paulínia SP
20º Iracemápolis SP
21º Hortolândia SP
22º Valinhos SP
23º Americana SP
24º Gavião Peixoto SP
25º Sud Mennucci SP
26º Atibaia SP
27º Santa Bárbara d’Oeste SP
  28º Jaraguá do Sul SC
29º Vista Alegre do Alto SP
30º Limeira SP
31º Campinas SP
32º Itapecerica da Serra SP
33º Onda Verde SP
34º Jundiaí SP
35º Araçatuba SP
36º Itu SP
37º Araras SP
38º Catiguá SP
39º Santo André SP
40º Monte Alto SP
41º Orindiúva SP
42º Lins SP
43º Catanduva SP
44º Nova Odessa SP
   45º Brusque SC
46º São José dos Campos SP
47º São João da Boa Vista SP
  48º Vitória ES
49º Santos SP
50º Mogi Guaçu SP
  51º Londrina PR
52º Tarumã SP
53º Sumaré SP
   54º Maringá PR
55º Tietê SP
   56º Tubarão SC
   57º Macaé RJ
   58º Aracruz ES
59º Piracicaba SP
60º Votuporanga SP
61º Cotia SP
62º Barretos SP
63º São Bernardo do Campo SP
   64º Pinhais PR
   65º Niterói RJ
66º Jaú SP
67º Diadema SP
68º Matão SP
69º Rio Claro SP
70º Bragança Paulista SP
71º São Paulo SP
72º Pindamonhangaba SP
   73º Itabira MG
74º Itupeva SP
   75º Curitiba PR
76º Maracaí SP
77º Olímpia SP
   78º Blumenau SC
79º Presidente Prudente SP
80º Lençóis Paulista SP
81º Botucatu SP
82º Jandira SP
83º Morro Agudo SP
84º Promissão SP
85º Alumínio SP
86º Pereira Barreto SP
87º Mogi das Cruzes SP
   88º Itajaí SC
   89º Concórdia SC
90º Caieiras SP
   91º Nova Lima MG
92º Marapoama SP
93º Amparo SP
94º São Vicente SP
95º Sebastianópolis do Sul SP
96º Poá SP
  97º Ouro Branco MG
   98º Videira SC
99º Cerquilho SP
   100º Belo Horizonte MG

Dos 100 municípios da lista, 82 são do Estado de São Paulo. A pesquisa foi feita pela  Federação das Indústrias do Rio de Janeiro. Finalmente os amiguinhos cariocas descobriram algumas das vantagens do Estado de São Paulo…

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Postagem para os “modernos”.

Recebi esta mensagem por e-mail hoje cedo e resolvi passar adiante, porque é importante demais. Leia e pode comentar, se concorda ou não:

“O Melhor Ginecologista
Uma mulher chega apavorada ao consultório de seu ginecologista, com o filho pequeno no colo, e diz:

-- Doutor, o senhor precisa me ajudar a resolver um problema muito sério. Este meu bebê ainda não completou um ano e já estou grávida de novo. Não quero filhos em tão curto espaço de tempo, quero um espaço maior entre um e outro...

O médico pensou um pouco e perguntou:

-- Muito bem. O que a senhora quer que eu faça?

-- Desejo interromper esta gravidez – disse a mulher, -- e conto com sua ajuda.

Depois de alguns momentos em silêncio, o médico disse:

-- Acho que tenho uma solução muito melhor do que interromper a gravidez, que será menos perigoso para a senhora. – A mulher sorriu, satisfeita, e o médico continuou: –Preste atenção, Para não ter que ficar com dois bebês de uma vez, em tão curto espaço de tempo, vamos matar este que está nos seus braços. Assim, a senhora poderá descansar durante algum tempo, antes de ter o outro. Se vamos matar, não há diferença entre um e outro, certo? Até porque sacrificar este que a senhora tem nos braços é mais fácil, pois a senhora não correrá nenhum risco...

-- Não, doutor! -- Gritou a mulher. -- Que horror! Matar um criança é crime.

-- Também acho minha senhora, – disse o médico, -- Mas me pareceu tão convencida da necessidade de matar seu feto que, um momento, achei que poderia ajudá-la.

A mulher voltou para casa aliviada, depois de ter entendido que não há a menor diferença entre matar a criança que já nasceu e matar uma ainda por nascer, mas já viva no seio materno.”

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Quem não tem Steve Jobs caça com Lula…

Puxa, quantas homenagens a esse grande brasileiro, não? O Departamento de Marketing dele deve ser muito mais forte do que o da Apple. Pelo menos Steve Jobs tinha produtos de alta qualidade para vender. E este? O pior é que ele ainda tem chance de voltar, como Jobs voltou à Apple...

Ladrões dedo-duro.

Legal. Não que os ladrões mereçam elogios por roubarem mas, pelo menos, fizeram algo de bom denunciando o infeliz que colecionava pornografia infantil em casa. Leia a notícia clicando no link abaixo:

http://www.estadao.com.br/noticias/geral,ladroes-acham-pornografia-infantil-em-casa-e-denunciam-dono,782391,0.htm

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A corrupção na justiça.

O Estado de S. Paulo - 11/08/2011

Elaborado com base nas inspeções feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça e divulgado pelo jornal Valor, o relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre as irregularidades cometidas pela magistratura nas diferentes instâncias e braços especializados do Judiciário mostra que a instituição pouco difere do Executivo em matéria de apropriação indébita e malversação de dinheiro público, de mordomia, nepotismo e fisiologismo, de corrupção, enfim as maracutaias são tantas que é praticamente impossível identificar o tribunal com os problemas mais graves. Em quase todos, os corregedores do CNJ constataram centenas de casos de desvio de conduta, fraude e estelionato, tais como negociação de sentenças, venda de liminares, manipulação na distribuição de processos, grilagem de terras, favorecimento na liberação de precatórios, contratos ilegais e malversação de dinheiro público. No Pará, o CNJ detectou a contratação de bufês para festas de confraternização de juízes pagas com dinheiro do contribuinte. No Espírito Santo, foram descobertos a contratação de um serviço de degustação de cafés finos e o pagamento de 13.º salário a servidores judiciais exonerados. Na Paraíba e em Pernambuco, foram encontradas associações de mulheres de desembargadores explorando serviços de estacionamento em fóruns. Ainda em Pernambuco, o CNJ constatou 384 servidores contratados sem concurso público - quase todos lotados nos gabinetes dos desembargadores. No Ceará, o Tribunal de Justiça foi ainda mais longe, contratando advogados para ajudar os desembargadores a prolatar sentenças. No Maranhão, 7 dos 9 juízes que atuavam nas varas cíveis de São Luís foram afastados, depois de terem sido acusados de favorecer quadrilhas especializadas em golpes contra bancos. Entre as entidades ligadas a magistrados que gerenciam recursos da corporação e serviços na Justiça, as situações mais críticas foram encontradas nos Tribunais de Justiça da Bahia e de Mato Grosso e no Distrito Federal, onde foi desmontado um esquema fraudulento de obtenção de empréstimos bancários criado pela Associação dos Juízes Federais da 1.ª Região. Em alguns Estados do Nordeste, a Justiça local negociou com a Assembleia Legislativa a aprovação de vantagens funcionais que haviam sido proibidas pelo CNJ. Em Alagoas, foi constatado o pagamento em dobro para um cidadão que recebia como contratado por uma empresa terceirizada para prestar serviços no mesmo tribunal em que atuava como servidor. O balanço das fiscalizações feitas pela Corregedoria Nacional de Justiça é uma resposta aos setores da magistratura que mais se opuseram à criação do CNJ, há seis anos. Esses setores alegavam que o controle externo do Judiciário comprometeria a independência da instituição e que as inspeções do CNJ seriam desnecessárias, pois repetiriam o que já vinha sendo feito pelas corregedorias judiciais. A profusão de irregularidades constatadas pela Corregedoria Nacional de Justiça evidenciou a inépcia das corregedorias, em cujo âmbito o interesse corporativo costuma prevalecer sobre o interesse público. Por isso, é no mínimo discutível a tese do presidente do STF, Cezar Peluso, de que o CNJ não pode substituir o trabalho das corregedorias e de que juízes acusados de desvio de conduta devem ser investigados sob sigilo, para que sua dignidade seja preservada.

"Se o réu a gente tem de tratar bem, por que os juízes têm de sofrer um processo de exposição pública maior que os outros? Se a punição foi aplicada de um modo reservado, apurada sem estardalhaço, o que interessa para a sociedade?", disse Peluso ao Valor.

Além de se esquecer de que juízes exercem função pública e de que não estão acima dos demais brasileiros, ao enfatizar a importância das corregedorias judiciais, o presidente do STF relega para segundo plano a triste tradição de incompetência e corporativismo que as caracteriza. Se fossem isentas e eficientes, o controle externo da Justiça não teria sido criado e os casos de corrupção não teriam atingido o nível alarmante evidenciado pelo balanço da Corregedoria Nacional de Justiça.

Se a justiça não merece respeito, que mais falta para o país afundar de vez?

Espero que tenha acordado mesmo…

 

O Povo decidiu

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O que realmente importa.

Até hoje tenho vivido uma vida de pessoa obstinada, que não muda os seus modos, não se acomoda muito ao ambiente e às outras pessoas. Com isso, muitas vezes bati de frente com gente poderosa, que não consegui vencer.

Mas, para mim, o que importa realmente é que, durante toda a minha vida, sempre lutei e continuo lutando com todas as minhas forças para tentar mudar o que está errado. Nisso também eu não vou mudar…

Fall_leaves

terça-feira, 4 de outubro de 2011

É só uma questão de tempo, pouco tempo...

O petróleo demorou mais de 100 anos para chegar a ter a importância que tem hoje. Talvez demore outros 100 anos para se esgotarem completamente todas as reservas mundiais (ou talvez muito menos, se o consumo continuar nos níveis atuais). Mas, se depender da tecnologia, o chamado “ouro negro” vai perder valor rapidamente.

A energia solar está ficando cada vez mais barata e acessível. A energia eólica também já é comum em muitas partes do mundo. O carro elétrico é uma realidade e, em países como os Estados Unidos, não é preciso ser milionário para comprar um “Tesla”. De fato, aqui qualquer pessoa pode transformar seu carro em um veículo elétrico, gastando muito menos do que custa um carro comum.

Os carros híbridos, isto é, com um motor a gasolina e outro elétrico, já são coisa corriqueira há quase 10 anos e há uma pá de modelos de automóveis com motor a gasolina ou diesel que andam mais de 17 km com um litro de combustível. No ano que vem, haverá diversos modelos capazes de andar mais de 20 km com um litro de combustível. 

Mas o mais impressionante da tecnologia moderna é que o homem já pode lançar-se aos ares com aviões elétricos, que estão dando o que falar. Um exemplo é uma pequena aeronave de quatro lugares, chamada “Taurus G4”, que funciona com um motor elétrico. Participando recentemente de uma competição na Califórnia, o Taurus G4 percorreu 200 milhas (320 km) em menos de duas horas, voando à velocidade de 160 km por hora e consumiu em energia o equivalente a 15 litros de gasolina.

Há apenas dois anos era ficção científica a idéia de voar 320 quilômetros à velocidade de 160 km por hora em um avião elétrico. Hoje, há várias empresas produzindo aviões de pequeno porte que são perfeitamente capazes de realizar essa proeza.

Veja um vôo do "Taurus G4" no vídeo abaixo.



Veja abaixo a foto de outra dessas aeronaves elétricas, o "e-Genius", que é capaz de voar a 235 km por hora, com autonomia de 400 km.

e-genius

A gasolina vai se tornando rapidamente um combustível do passado e, se o desenvolvimento tecnológico continuar assim durante mais alguns anos, os países produtores terão que dar seu petróleo de presente…

Falando sério!

 

Eu Troco

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O que é melhor? Quantidade ou qualidade?

Existe atualmente uma verdadeira febre pelo aumento do número de vereadores em municípios brasileiros. Uma boa parte da população entende que isso é errado, mas ainda há muitos simplórios acreditando que o aumento no número de vereadores é saudável, porque o debate será mais amplo com mais gente debatendo.

Primeiro, vamos falar do debate. De fato, não há debate algum. O que é normal em todos os ambientes legislativos do Brasil é a vontade de legislar em causa própria. No atual sistema político brasileiro, os vereadores não têm quase nada a fazer e passam o tempo apenas dando nomes a ruas e praças. Geralmente, escolhem nomes que homenageiam parentes ou amigos deles próprios e não necessariamente nomes de pessoas que contribuíram para a melhoria da cidade.

Segundo, vamos falar dos salários. Se o vereador tivesse que ser voluntário, isto é, se fosse obrigado a legislar sem ganhar coisa alguma, será que alguém se iria candidatar? No âmbito federal e estadual eu não faria essa pergunta porque, apesar de os parlamentares ganharem muito bem, de terem benesses e mordomias de todo tipo e de votarem a toda hora pelo aumento dos seus próprios salários e benesses, acho que não se importariam muito se tivessem que trabalhar de graça porque, na verdade, eles faturam muitíssimo mais vendendo seus votos e negociando picaretagens mil. Se você é um daqueles simplórios que acham que estou exagerando ou que estou errado, responda: por acaso existe ou já existiu algum deputado federal ou estadual, no Brasil inteiro, que deixou o seu cargo mais pobre do que quando entrou? 

Nas câmaras municipais, não há muita chance de vender o voto ou negociar propinas, porque, afinal, o poder de voto do vereador é quase nulo. Então, acho que uma boa parte deles se candidata pelo salário mesmo. Outros, pelo prestígio. Uns poucos, talvez, com a ilusão de quem podem mudar alguma coisa.

Diante disso, qual é o motivo para aumento no número de vereadores em uma câmara muncipal? Ainda que a população de uma cidade tenha aumentado, sinceramente não vejo motivo para isso. Ou será que é um jeito diferente de distribuir a renda, isto é, o dinheiro dos famigerados impostos que todo brasileiro paga e que não geram benefício algum para a grande maioria? 

Todo mundo sabe que ter qualidade é muito melhor do que ter quantidade. Na política, tem gente que acha que é o contrário. Mas, do jeito que a coisa anda, política não tem nada de bom, com quantidade ou sem ela.

sábado, 1 de outubro de 2011

O problema do Brasil, de fato, é a impunidade.

Não é minha intenção humilhar ninguém neste blog, nem mostrar que aqui, no país onde moro, as coisas são muito melhores do que na minha terra. Longe disso. Eu jamais faria isso porque sei muito bem que o paraíso não existe nesta vida, aqui ou aí. Tenho provas de que Deus não é brasileiro, mas tampouco é americano…

Vou citar algumas coisas que são normais aqui e que não se aplicam à vida brasileira, apenas como exemplos que deveriam ser seguidos, para o brasileiro ter uma vida melhor. Isto é, o brasileiro honesto, que paga impostos e vive sempre dentro da lei.

Aqui existe um tal de IRS., ou “Internal Revenue Service” (Serviço de Rendas Internas), que é o equivalente à Receita Federal, no Brasil. Mas o IRS é bem diferente. Sua função principal é cobrar o Imposto de Renda e, quando se trata de “cobrar” eles são implacáveis. Investigam com rigor qualquer possível sinal de sonegação e, quando encontram algo errado, perseguem o culpado até às últimas conseqüências. Foi assim que pegaram Al Capone e continuam pegando os sonegadores modernos. O IRS persegue dentro da lei e o suspeito pode recorrer a todos os mecanismos jurídicos para tentar provar sua inocência. Mas, se não conseguir, será punido. Muitas vezes o sonegador só terá que pagar os impostos atrasados, com juros e correção, além de multa. Se não conseguir, seus bens serão confiscados, até o valor devido. Se isso não bastar, outras medidas serão tomadas e, se nada cobrir a dívida, a prisão abrirá suas portas para o sonegador. Irá para uma prisão comum, seja ele quem for!

Há quem diga que o IRS é uma verdadeira “Gestapo", porque não perdoa mesmo! E daí? Qual é o problema? Comigo eles nunca mexeram e não mexem, porque cumpro minhas obrigações com o fisco, como milhões de outros cidadãos. E, quando fico sabendo que alguém caiu nas malhas do IRS, não tenho pena, porque sonegar impostos é um crime muito baixo! Não adianta a pessoa investigada ser uma alta figura política, ou um industrial poderoso, ou um artista famoso. Se houver suspeita, a investigação será profunda e, caso comprovada a sonegação, o culpado pagará, seja ele quem for.

Outra característica do IRS é que, quanto mais famoso ou poderoso for o suspeito, mais o seu caso será divulgado. O IRS faz questão de manter a imprensa bem informada, porque os casos assim são excelentes exemplos da ação do fisco. Os peixinhos pequenos, como eu e milhões de outros cidadãos, não nos metemos a sonegar porque, se os ricos, famosos e poderosos são enquadrados, nós também seremos…

Você já deve ter visto em algum filme uma viatura policial parar alguém na estrada, por excesso de velocidade, ou numa rua qualquer, por outra infração. Já notou quantas luzes tem a viatura e o escândalo que essas luzes fazem na estrada? Claro que os filmes nem sempre mostram mas, quando um policial obriga alguém a parar, com as luzes de sua viatura acesas, ele fica ali bastante tempo, verificando os dados do infrator e do veículo, e preencendo o talão de multa. Por quê? Ora, mais uma vez, é o exemplo. Enquanto aquele policial estiver ali parado, multando alguém, com todas as luzes de sua viatura acesas, todo mundo que passar vai levantar o pé do acelerador e ficar de olho na sinalização e em tudo mais.

Então, vemos que não há impunidade porque, seja quem for, o suspeito será investigado e, se for culpado, pagará por seu crime. Além disso,  as autoridades sempre usam o exemplo, para mostrar que estão atentas contra os criminosos.

Claro que aqui, nos Estados Unidos, há muita gente que sonega e que nunca foi pega. Também tem muita gente abusando da velocidade nas estradas e cometendo outras infrações, sem nunca ser parada pelos policiais. Mas eu não vou sonegar, nem traficar drogas, nem roubar, nem abusar da velocidade ou passar o sinal vermelho. Eu? Aqui, não!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Pedágio e outras maracutaias.

Recebi ontem, de vários amigos meus, um e-mail sobre uma estudante de Direito do Rio Grande do Sul, que diz que não paga pedágio, porque a cobrança de pedágio nas estradas brasileiras é inconstitucional.

Não sou estudante de Direito (e não sou do Rio Grande do Sul), mas faz tempo que venho dizendo que a cobrança de pedágio no Brasil é inconstitucional, principalmente nas estradas do estado de São Paulo que conheço bem. Ali, as autoridades têm a petulância de bloquear qualquer caminho alternativo, obrigando o viajante a pagar pedágio, se quiser passar. Isso é uma flagrante violação do direito de ir e vir, garantido pela Constituição. Que absurdo! Isso é país livre? Isso é democracia?

É maracutaia, porque as estradas foram todas construídas com verbas públicas, isto é, com dinheiro do povo. Em muitos casos, foram construídas graças a empréstimos internacionais, como a Rodovia dos Imigrantes, entre São Paulo e a Baixada Santista. Os contribuintes brasileiros pagam por esses empréstimos, mas as empresas concessionárias beneficiam-se das rodovias que são públicas.

E o IPVA? É outra tremenda maracutaia. Esse imposto nasceu como alternativa à cobrança de pedágio. A idéia era de que, pagando o IPVA, nunca mais teríamos que pagar pedágio no Brasil. Maracutaia…

Quem é que aprova a concessão das rodovias? Quem é que aprova os aumentos do pedágio? Ora, é o legislativo, que está cheio de picaretas que vendem seu voto a quem pagar mais. Eles precisam vender o voto, porque têm um salário baixo demais e poucas mordomias. Maracutaia.

Quando chegar a hora de o Brasil comprar novos aviões para a FAB, quem será o fornecedor? Aquele que oferecer o melhor produto? Duvido. Conhecendo os governantes brasileiros como eu conheço, só posso pensar que quem vai vender jatos de combate ao Brasil será o país que pagar a maior propina e oferecer outras benesses aos homens que dedidem. Homens? Não sei se eles são homens. Mais parecem ratos do que homens…

Por que tanto pedágio no Brasil? Para sustentar os corruptos? Outro dia viajei de carro com um grupo de amigos, de Miami para a cidade de Franklin, na Carolina do Norte, uma viagem de 2.400 km, ida e volta, por excelentes estradas, como é o padrão americano, e pagamos ZERO de pedágio!

E ainda dizem que americano é rico? Rico é o brasileiro, que paga pedágio e não reclama, que paga mais caro pela gasolina (que tem todo tipo de mistura para render mais) e não reclama, que paga IPVA e não reclama, que sabe que os políticos são corruptos e não faz nada.

E o famigerado IPVA? Os corruptos precisam dele também? Temos três carros aqui em casa. Paguei ontem o licenciamento dos três carros, por um ano e o valor total, pelos três carros, foi de 160 dólares, isto é, R$ 291,20. Só isso. E não tem a picaretagem de IPVA, nem nada.

E, quando se paga pedágio por aqui, não é a mesma roubalheira. Para ir de Miami a Orlando, por exemplo, posso usar uma super rodovia chamada “Florida Turnpike”, pagando 15 dólares de pedágio. Ao câmbio de hoje, de 1,82 reais por dólar, o pedágio entre Miami e Orlando custa R$ 27,30 (reais). A distância é de 400 km. Pois bem, entre São Paulo e Bebedouro a distância é de 380 km e conheço muito bem esse caminho. O pedágio nesse trecho custa R$ 59.40 (reais). Ou seja, o brasileiro paga mais do que O DOBRO que o americano, em pedágio, e não reclama! E tem mais: se eu quiser ir a Orlando sem pagar pedágio, tenho dois caminhos alternativos, ambos com super rodovias de passagem totalmente livre. E no Brasil? Ora, no Brasil eles bloqueiam as alternativas…

Meu Deus! Até quando esse povo vai aguentar isso? Até quando vai continuar elegendo Sarneys, Malufs, jogadores de futebol, apresentadores de televisão e palhaços profissionais? Até quando?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Símbolo de “status”?

Conheço gente no Brasil que mal tem o que comer, porque gasta tudo que ganha pagando as prestações do seu carrão importado, grande símbolo de “status” no nosso país. Infelizmente, quando se abriu a importação de veículos no Brasil, para concorrer com as “carroças” que ali eram produzidas, abriu-se a porteira para a entrada de carroças ainda piores do que as piores carroças nacionais.

A foto abaixo mostra a revolta de um cidadão que comprou seu Chery Face, fabricado na China, e arrependeu-se da compra. Ele agora precisa de peças de reposição para seu carrão importado, mas essas peças não existem no mercado brasileiro e a fábrica não tem previsão de quando vai poder entregá-las.

E os carros da tal de “JAC Motors”, que usa minhas iniciais sem ter pedido autorização, parece que também não estão com nada.

É, realmente a China está num embalo tremendo para dominar o mundo. Só que, se continuar desse jeito, vai ter que desistir…

Chery_Face

Três “máquinas” de voar.

Todo fotógrafo vive momentos felizes assim. Fiz esta foto no aeroporto Kendall-Tamiami, aqui perto de minha casa, durante um recente show de aviação.

As três “máquinas” de voar são um avião de treinamento militar NA-T6, um blimp da Good-Year e um passarinho. Clique na foto para vê-la ampliada.

At_Tamiami

terça-feira, 27 de setembro de 2011

O barulho que não ouvimos.

Se você for morar perto de um aeroporto, no começo vai se incomodar com o barulho dos aviões, mas acaba se acostumando e, logo, não escuta mais as turbinas. Se morar ao lado da estrada de ferro, é a mesma coisa. No começo, vai acordar toda vez que o trem passar, durante a noite. Depois, seus ouvidos se acostumam e você vai dormir como um anjo todas as noites.

Na verdade, acho que isso acontece porque, no fundo, nós sabemos que não há outro jeito e que temos que aceitar o barulho dos aviões e dos trens, a menos que possamos nos mudar dali para um lugar mais sossegado. Mas, para quem está acostumado com o barulho, até o sossego incomoda.

Digamos que um vizinho seu tem um carro barulhento, com o silenciador estourado e que esse vizinho se levanta todos os dias, às 5 horas da madrugada, para ir trabalhar. Ele liga o carro e deixa o motor esquentar, durante uns 10 minutos, antes de sair. O barulho dele vai incomodar no primeiro dia e todos os dias. Você não vai se acostumar, porque sabe que pode ir lá e quebrar a cara do vizinho para acabar com o barulho. E essa amolação vai continuar até você reagir e fazer alguma coisa. É assim com todo tipo de barulho que a gente acha que pode controlar.

Mas não vamos esquecer do outro lado da moeda. O latido do seu cachorro não incomoda você ou sua família, porque você acha que ele tem o direito de latir quanto quiser. A música que você ouve a todo volume, também não incomoda. Pelo contrário: você acha que tem o direito de obrigar o mundo inteiro a gostar do tipo de música de que você gosta. Ou obrigar o mundo a torcer pelo mesmo time e gritar junto com você.

Agora, pare e pense bem: será que seu cachorro não late demais? E a música que você escuta, não estaria alta demais? E, quando você grita com sua mulher ou com seus filhos, será que não incomoda os vizinhos, que não têm nada com isso?

Seu direito vai até onde começa o direito dos outros.

Para começar bem o dia.

Nada melhor do que uma obra tradicional de Sergei Prokofiev para começar o dia. Aqui está a Marcha, de “Pedrinho e o Lobo”.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A vontade de Deus.

Aprendi que não vim a este mundo para fazer a vontade de minha mulher. Não vim para fazer a vontade dos meus filhos, nem do meu patrão, nem do delegado de polícia, nem do ex-presidente Lula ou da “presidenta” Dilma. Vim a este mundo para fazer a vontade de Deus.

Muito bem. Agora, é só descobrir qual é a vontade de Deus e está tudo certo, não?

Bem, para a maioria das pessoas, a coisa é muito mais complicada do que isso. Então, elas passam a vida esperando por uma comunicação do Paraíso, algum sinal, algum milagre, ou a própria voz de Deus, como um trovão, dizendo o que Ele quer. E, como Deus não se faz ouvir, as pessoas vão vivendo do jeito que bem entendem, fingindo ignorar a vontade do Pai.

Mas todos nós sabemos o que Deus quer de nós, e fingimos não saber. Mentimos, roubamos, enganamos, adoramos estátuas, cometemos adultério, matamos, odiamos e, mesmo assim, achamos que somos bons e nada devemos a Ele.

Os dez mandamentos são um bom resumo da vontade de Deus. Você tem conseguido cumprir todos eles?

sábado, 24 de setembro de 2011

Estatísticas do blog.

 

É interessante acompanhar as estatísticas relativas ao meu blog, que o Google me proporciona todos os dias. E alguns dos dados são apresentados em tempo real.

Posso observar, por exemplo, onde está minha audiência, que tipo de navegador utiliza, e até os sistemas operacionais dos computadores que meus leitores usam.

Stats

Além do Windows e do Mac, tem gente que vê o meu blog pelo iPhone, Android, Blackberry, Nokia e até iPad. É muito legal saber disso.

Minha maior audiência está no Brasil, o que é lógico, considerando que o blog é publicado em português e é dirigido ao Brasil. Mas também tenho uma grande audiência nos Estados Unidos, em países europeus e de outros pontos do mundo.

Durante alguns dias apareceram dados relativos a leitores de Chipre e eu acho que sei quem andou lendo meu blog naquela ilha do Mediterrâneo. Também tenho leitores em Israel, e imagino que sei de quem se trata. Mas não sei quem me acompanha todos os dias na Alemanha, nem na Rússia…

A Internet realmente é maravilhosa.

Mais velho, mais lento, mais experiente…

Um avião militar C-130 Hercules ia voando lentamente pelo céu quando surgiu ao seu lado um veloz F-16. O jovem piloto do jato de caça resolveu exibir-se.

F16

Acelerou a máquina e puxou uma reversão. Depois, subiu quase na vertical e deixou a coisa cair, como folha seca. Ganhou ímpeto de novo e bateu a velocidade do som, antes de estabilizar o jatinho e colocar-se ao lado do pesado C-130.

-- Que tal as manobras, meu velho? – perguntou o jovem piloto do F-16.

-- Nada mau, – respondeu o comandate do cargueiro militar. – Mas, veja isto!

O grande C-130 continuou voando do mesmo jeito, lento e firme, como uma pata choca. Alguns minutos depois, seu piloto perguntou.

-- Que achou das minhas manobras?

C130

O outro não entendeu nada.:

-- Quê? Que foi que você fez? Não vi nada…

Rindo, o velho piloto do C130 respondeu:

-- Eu me levantei, estiquei as pernas, fui até o fundo do avião, usei o banheiro e aí peguei uma xícara de café com um pedaço de bolo de frutas, antes de voltar ao comando…


Moral da história: quando a gente é jovem e inexperiente, a velocidade e o exibicionismo estão em primeiro lugar. Quando a gente envelhece e ganha experiência,  andar devagar, ser muito cuidadoso e levar uma vida mais pacata, não parece ser tão ruim.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Mais uma vez, não posso ir…

Sempre gostei da idéia de reuniões com velhos amigos, com pessoas que fizeram parte da minha infância e da minha juventude, com gente que me conheceu antes de eu deixar meu berço natal e sair para tentar conquistar o mundo. É uma coisa saudável, porque nos transporta mentalmente a dias melhores, quando as coisas eram mais simples. Em encontros assim nós também restabelecemos contatos perdidos décadas antes.

Nessas reuniões nós ouvimos muitas histórias e contamos nossas histórias. Lembramos de fatos passados, muitos dos quais acabaram ficando escondidos na nossa memória. Ficamos conhecendo filhos, netos e até bisnetos de nossos amigos de antigamente, e ficamos sabendo daqueles que já deixaram esta vida.

Um grupo de pessoas que conheci quando ainda vivia em Pompéia tem organizado um encontro assim, chamado “Encontro dos Amigos de Pompéia”, que já está na sua décima edição. Considerando que o evento é realizado a cada dois anos, já são 20 anos de Encontro. Assim, este ano com certeza deverá aparecer um bom número de pessoas que nem havia nascido, quando foi realizado o primeiro Encontro.

O Encontro deste ano será realizado em São Paulo, onde mora um grande número de pessoas do “nosso tempo”. Será basicamente um almoço de confraternização, sem nada de muito especial, além da chance de as pessoas se encontrarem e conversarem à vontade, ao som de música dos anos 1960, apresentada ao vivo por um conjunto musical. Mas a organização do evento é tão meticulosa que, logo depois, podemos visitar um site na Internet e ver as fotos de quem estava lá.
 
Esse pessoal não ganha coisa alguma com isso. Faz um esforço tremendo para que os participantes tenham algumas horas para se reunir e bater papo. Sua única motivação é ver a alegria dos velhos amigos que se reencontram e lembram de dias melhores.

Nunca fui ao Encontro dos Amigos de Pompéia, embora tenha sido convidado todas as vezes. Moro longe demais e é difícil deixar minha vida diária para me deslocar até lá. Toda vez que recebo os convites e especialmente quando vejo as fotos, fico tremendamente frustrado, por não ter participado. Mas sei que o fato de morar longe não é desculpa, porque tem muita gente que viaja bastante, só para ir ao Encontro.

Este ano o encontro vai acontecer no dia 16 de outubro, em São Paulo e, mais uma vez, não poderei ir. Lamento profundamente e espero que os amigos e especialmente os organizadores me perdoem pela ausência.

Mas, quero dizer uma coisa: se eu pudesse estar presente, iria fazer um movimento, lá dentro do salão, para que todos se levantassem logo no início, para fazer um brinde muito especial e aplaudir efusivamente os organizadores do evento. Muito obrigado, a todos vocês, que investiram seu tempo e se reuniram inúmeras vezes para arrumar tudo.

E vou continuar esperando que, um dia, eu possa comparecer também.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Perdoe-me pela ignorância…


Perdão pela minha ignorância, mas não sei quem são Paula Fernandes, Luan Santana ou Gusttavo Lima, nem sei bem o que fazem.

Mas, em contrapartida, talvez você não saiba quem é John Pizzarelli, que tenho o prazer de apresentar no vídeo abaixo. É o da guitarra, cantando com Jane Monheit.

Veja o vídeo todo, porque o rapaz é muito bom! Preste atenção especialmente no seu uníssono de voz e guitarra, sua marca registrada.

 

Tinha que ser descendente de italiano!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

O prazer do trabalho bem feito.

Muitas vezes faço trabalhos que são vistos por milhares, talvez milhões de pessoas, mas onde meu nome não aparece e, portanto, não recebo crédito algum. Isto é, nenhum crédito além do que o cliente me paga.

Mas em nenhum momento eu me preocupo com as honrarias que poderia receber. Prefiro a satisfação de saber que estou fazendo o melhor que posso e de que meu esforço é reconhecido pelo cliente que sempre volta, com mais trabalho. E também a satisfação de ver que, depois de mais de quatro décadas fazendo o que faço, sou reconhecido entre meus colegas como um bom profissional, que produz um trabalho de alta qualidade e que cumpre rigorosamente os prazos de entrega, mesmo que o trabalho tenha chegado numa sexta-feira para ser entregue na segunda-feira pela manhã.

Houve época em que o faturamento mensal era muito mais alto do que agora e houve época em que o faturamento mensal baixou quase a zero, graças à concorrência desleal de colegas inescrupulosos. Mas eles não conseguiram provar-se, não tinham a qualidade exigida pelos clientes e não cumpriam prazos. Então, o trabalho voltou para minhas mãos e para as mãos de outros como eu, que trabalham honestamente.

O futuro é promissor, graças a um passado de promessas cumpridas. Glória a Deus!

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Que é isto?

 

A foto mostra um riacho, quase um rio, com uma cachoeira, bem no meio de uma floresta. Um  lugar simplesmente lindo, não há dúvida.

O que é importante observar nesta foto é que, à esquerda do riacho existe um prédio de apartamentos. Você não gostaria de morar em um apartamento dos fundos desse prédio, com uma vista dessas, com o canto dos passarinhos e com o tranquilizante burburinho da cachoeira, dia e noite?

Esta foto foi tirada nos Estados Unidos, na cidade de Gatlinburg, no estado de Tennessee. em pleno Parque Nacional de “Smoky Mountain”. 

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Para quem acha que já sabe tudo.

Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém.
Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade.
Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol?
Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece.
Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu.
O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos.
Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr.
Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol.
Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós.
Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois.
Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar.
Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito.
Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular.
Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento.
E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.
(Eclesiastes 1:1-18)

Tenha um dia abençoado

domingo, 18 de setembro de 2011

Hoje deu saudade.

Saudade da minha terra natal, da minha infância e de algumas coisas que eu tive.  Saudade da bicicleta, dos passeios dominicais a lugares distantes, saudade de um passado que não volta mais.

Por quê? Ora, porque ontem comemorou-se o aniversário da minha cidade, Pompéia, na região oeste do estado de São Paulo, onde nasci e onde vivi até meus 20 anos de idade. Ontem, 17 de setembro, a cidade completou 83 anos. Isso quer dizer que, quando eu nasci, Pompéia tinha apenas 12 anos de vida.

cine rosário

Ela era muito diferente do que é agora. Não tinha indústrias, a maior parte das ruas era de terra, não tinha água encanada, nem esgoto. As estradas que a ela davam acesso eram todas de areia. O forte da economia era a agricultura, representada pelas plantações de café, algodão, amendoim e batata.

Senti saudade dos meus pais, do meu irmão e até do meu “irmão” Koiti Yoshimura, um sujeito sensacional, apenas um ano mais velho que eu, que morou só três anos na minha casa mas que, apesar disso, deixou marcas profundas na minha memória.

Saudade da piscina da Sociedade Recreativa, onde aprendi a nadar. Saudade do grupo escolar e do ginásio. Saudade da Rádio Difusora de Pompéia, onde dei os primeiros passos na minha carreira de radialista. Saudade dos colegas que tive na rádio: Cláudio Parisi, Habib Gantous, José Marques Beato, Waldecy, Cícero, Nelson, Eunice…

Passei todos os primeiros 20 anos de minha vida em Pompéia, e estou fora de lá há quase 51 anos. Muita coisa mudou, em mim e em Pompéia. Quando vou até lá, sinto-me um estranho, que ninguém conhece, de quem ninguém se lembra.

Eu não poderia viver mais em Pompéia. E, na verdade, a culpa não é da cidade, nem minha. A culpa é do tempo. Porque, no fundo, eu não tenho saudade dos lugares. Que me desculpem os amigos que ainda vivem e com quem ainda tenho contato, mas também não tenho saudade de como as pessoas eram naquela época. A saudade que sinto é daquele tempo, quando as coisas eram muito mais simples, quando eu tinha a vida toda pela frente e tudo era alegria.

Saudade eu tenho e sei que essa saudade não vai acabar nunca. Mas isso não me preocupa muito. Afinal, eu sei que o melhor ainda está por vir

Ginásio

sábado, 17 de setembro de 2011

O ipê amarelo.

Na enciclopédia on-line Wikipedia, encontrei as seguintes informações sobre o nosso conhecido e lindíssimo Ipê Amarelo:

“O ipê-amarelo-da-serra (Tabebuia alba [Cham.] Sandwith) é uma árvore brasileira, heliófita, secundária inicial, nativa da Mata Atlântica (floresta ombrófila densa e floresta estacional semidecidual), considerada a árvore símbolo do Brasil, descrita inicialmente em 1832 por Chamiso como Tecoma alba. O nome alba se deve à coloração branca das folhas e ramos novos, devida aos pelos que as recobrem. Está na lista da flora ameaçada do estado de São Paulo.”

Muito interessante. A respeito da “arvore símbolo do Brasil”, eu tenho uma observação a fazer. Mas, antes, veja estas fotos:

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Estas árvores foram fotografadas no Zoológico de Miami, que fica aqui pertinho da minha casa. Contei mais de 30 ipês amarelos naquele local e procurei informações sobre como teriam ido parar ali, mas não encontrei.

Alguém deve ter trazido esse tipo de árvore para os Estados Unidos. Em vários locais de Miami, inclusive nas ruas, podemos encontrar pés de ipê de todas as cores. Acho isso fantástico! Enquanto o ipê amarelo está “na lista da flora ameaçada do estado de São Paulo”, ele se propaga no sul da Flórida, para alegria de pessoas que apreciam a natureza e gostam de fotografá-la.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

A destruição das nossas florestas.

Quando o homem põe fogo em uma floresta, não está queimando apenas as árvores, mas também as flores, os insetos, os pássaros e os animais que vivem ali.
Apesar da enorme destruição, feita em nome do progresso, ainda há lugares onde a preservação é importante e onde é possível ver e fotografar espécies como os das fotos abaixo, em seu habitat natural.

IMG_4830
Lontra (Lontra Canadensis)

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Urso Negro (Ursus Americanus)

(Fotos tiradas nos Estados Unidos, no Parque Nacional “Smoky Mountain”, nas Montanhas Apalaches, no estado de Tennessee.)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A Bíblia: politicamente incorreta?

 

A lei e os costumes modernos, e até a psicologia e a psiquiatria são contra a disciplina das crianças. Para poderem ser politicamente corretos, os pais e a escola devem deixar que as crianças façam o que bem entendem, para não lhes causar traumas…

A Bíblia prega a disciplina das crianças com vara.

“Não evite disciplinar a criança; se você a castigar com a vara, ela não morrerá. Castigue-a você mesmo, com a vara, e assim a livrará da sepultura.” (Provérbios 23, 13-14).

Você acha que a Bíblia é politicamente incorreta?

Verdade, mentira, ou dor de cotovelo?

Meu pai gostava de motos e teve várias. Meu irmão gostava de motos e também teve. Eu gosto de motos e tive várias. Meu filho mais velho gosta de motos, já teve diversas e hoje tem uma linda Harley-Davidson 2010 preta.

Apesar de toda essa paixão por motos na família, eu deixei de ser motoqueiro. Vendi minha última moto há quatro anos e, para dizer a verdade, não tenho saudade dela. Acho que estou velho demais para isso e, depois de ter sido motoqueiro durante mais de 50 anos, resolvi que já era hora de parar.

Mas continuo gostando de motos, sou membro de um clube de motoqueiros e, de vez em quando, saio pelas estradas com um grupo de amigos. Eles todos vão de moto e eu os acompanho com minha picape Chevrolet 1954. Para mim é divertido ir com a picape que, para eles é conveniente, porque pode transportar na carroceria muita coisa que eles não podem levar nas motos. E a picape ainda pode ser útil caso alguma das motos deles tenha problema na estrada. É só colocar a moto na carroceria da velha picape e seguir em frente.

Motos

Numa recente viagem à Carolina do Norte, paramos para almoçar num restaurante e, como não podia deixar de ser, só se falava em motos. Não me lembro exatamente como o assunto começou mas, depois de algum tempo, eles estavam todos fazendo críticas e gozações contra as motos Harley-Davidson.

– Se você pretende comprar uma Harley, – disse um dos rapazes, – é melhor comprar uma carreta também, porque essa moto não agüenta viagens longas…

– Vamos fazer uma coisa, – disse outro. – Vamos contar quantas Harley nós encontramos na viagem, e quantas estão rodando. Aposto que a maior parte delas vai estar em cima de algum reboque…

A Harley-Davidson é uma das motos mais conhecidas no mundo. É bastante procurada, bem vendida, custa caro, e tem uma pá de concorrentes, principalmente as motos japonesas, alemãs e italianas. Mas, entre os motoqueiros que eu conheço, tem a fama de ser um péssimo produto. Dizem que as Harley quebram à toa, vibram demais e consomem mais gasolina do que muitos carros.

Não sei se é verdade. Uma coisa eu notei: todos os motoqueiros que vi fazendo comentários como esses, têm motos de outras marcas. Seria exagero? Ou dor de cotovelo?

Depois daquela parada no restaurante, resolvi observar o movimento na estrada. Foi uma longa viagem, de mais de 2.000 km (ida e volta), entre Miami e a cidade de Maggie Valley, na Carolina do Norte, que durou quatro dias. A região por onde andamos é bastante procurada pelos turistas e, como fica nas Montanhas Apalaches, atrai muitos motoqueiros.

Passamos por motos de todos os tipos e procedências. Muitas motos rodando, e muitas sendo transportadas sobre carretas ou nas carrocerias de camionetes. Por incrível que possa parecer, a maior parte das motos que vi fora da estrada, isto é, sobre carretas ou camionetes, era da marca Harley-Davidson… Coincidência? Talvez. Mas, toda vez que cruzávamos com uma delas, alguém fazia um comentário a respeito, pelo rádio que usamos para comunicação entre nós.

Eu gosto de motos e gosto das motos Harley-Davidson. Mas, se resolver comprar moto de novo, o que acho pouco provável, vou escolher outra marca, provavelmente alemã…

Motos2

Fotografia digital.

 

Minha primeira câmera digital produzia imagens de apenas 1,2 megapixels e eu considerava maravilhosas as fotos que tirava com ela. Isso foi há mais de 10 anos.

Além da elevada qualidade, as fotos digitais podiam ser mandadas por e-mail, impressas em qualquer impressora colorida e até manipuladas com software especial, como o Photoshop. E não era preciso mandar o filme para revelar e esperar uma hora para ver o resultado. As fotos ruins a gente simplesmente jogava fora.

No que diz respeito às fotos digitais, a coisa não mudou. O que mudou foi o tamanho das câmeras, tanto em sua capacidade gráfica (número de pixels) como no tamanho físico das câmeras em si. Veja esta foto:

Clint_s_place_small

Linda, não? Ótima definição, cores espetaculares e tudo mais. O que é de admirar é que foi tirada com a câmera do meu telefone celular, de 8 megapixels. A lente da câmera tem menos de 2mm de diâmetro! Não é incrível?

Clique na foto para vê-la em seu tamanho normal e confira o que estou dizendo.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Inspiração…

Rural road

Às vezes dá vontade de morar num lugar assim, longe de tudo e de todos, com muito verde e uma boa estrada, sem movimento, que permita ir e voltar a qualquer hora. Sossego, ar puro, segurança, espaço, silêncio, tranquilidade…

sábado, 10 de setembro de 2011

Grande idéia!

Estamos no caminho certo, mas não podemos nos limitar ao combate contra a corrupção. Temos de ir mais fundo e atacar uma de suas principais causas, que é o voto secreto. Não podemos desistir! Veja a notícia clicando no link abaixo:

http://afinsophia.wordpress.com/2011/09/09/marcha-nacional-contra-a-corrupcao-quer-projeto-de-lei-popular-para-acabar-com-voto-secreto-no-parlamento/

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Contra a corrupção.

 

Que as marchas e manifestações contra a corrupção que vimos no Brasil inteiro, neste 7 de setembro, não sejam um evento isolado, mas o começo de uma revolução como nunca houve igual no nosso país.

A C O R D A    B R A S I L !  

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Será que o Brasil tem jeito?

 
Tenho recebido mensagens de amigos brasileiros com várias idéias sobre como reformar o Brasil, e gostaria de me estender em um comentário a respeito.
Antes de mais nada, considero isso um bom sinal porque, no mínimo, mostra que há interesse de alguns em mudar o vergonhoso estado em que se encontra nosso país. Seria bom que todo mundo procurasse fazer alguma coisa, qualquer coisa, para por fim a esse estado de eterna aceitação de tudo de errado que fazem o governo e os governantes. É preciso mudar a conduta dos governados, e mudar logo!
Aqui estão duas boas idéias que recebi e o que acho delas:
1. Reformar completamente o governo, as autarquias, o Congresso Nacional, o judiciário, o funcionalismo público, as polícias, os presídios, os bancos, a aposentadoria, etc., etc.
Minha opinião: nada disso pode ser feito sem a anuência do governo e, principalmente, do Congresso Nacional. Ora, se o governo e o Congresso são os responsáveis diretos pela maior parte da corrupção que corrói o país, nada vai mudar se o Congresso não quiser. E, por acaso você acha que os nossos ilustres corruptos vão votar contra si mesmos? Jamais!
2. Aprovar uma lei federal colocando a corrupção como crime hediondo.
Minha opinião: quantos deputados e senadores você acha que votariam a favor de uma lei dessas? E, mesmo que a lei fosse aprovada, nada iria resolver. No Brasil já existem leis contra praticamente qualquer tipo de crime. Adianta? Não, porque nosso país é o paraíso da impunidade…
Se a ideia é aprovar leis que permitam mudar o país, também quero apresentar uma. É bem mais simples do que reformar tudo e já funciona perfeitamente nos Estados Unidos, onde também há corrupção, política suja e empreiteiras desonestas.
É o que aqui chamam de “recall” e funciona quase igual ao “recall” de veículos defeituosos, isto é, quando um governante não satisfaz ao povo, seu mandato é cancelado e uma nova eleição é realizada para eleger outro governante, seja ele o prefeito, o governador ou o presidente. Não se trata de “impeachment”, processo que é realizado pelo legislativo, mas uma medida que tem origem no seio da população e que depende apenas dos eleitores.
Foi assim que o famoso ator Arnold Schwarzenegger chegou a ser governador da Califórnia. O governador Gray Davis não estava agradando o povo. Através de um simples abaixo-assinado, o povo exigiu que ele fosse afastado do cargo e que um novo governador fosse escolhido por meio de uma nova eleição. Isso foi em 2003.
Neste ano de 2011, o prefeito de Miami foi afastado do cargo por esse sistema e uma nova eleição está para ser marcada.
No caso de “recall” o novo governante é eleito para terminar o mandato do governante afastado, e pode candidatar-se a uma nova eleição, por um mandato completo. Foi o caso de Schwarzenegger, eleito pela primeira vez em 2003 e reeleito em 2006.
Não existe um prazo mínimo para que o governante seja submetido ao processo de “recall”. Isto é, tanto pode ser afastado um governante que está no cargo há vários anos, como alguém que foi eleito um ou dois meses antes. Tudo depende da vontade do povo. É uma lei simplesmente fantástica! O povo vota livremente em quem quiser mas, se o cidadão eleito não corresponder às expectativas, as próprias pessoas que votaram nele se encarregarão de derrubá-lo.
Porém, com voto secreto e com toda a corrupção que há no Brasil, nos poderes executivo, legislativo e judiciário, vai ser muito difícil ter uma lei dessas no nosso país. Difícil, sim, mas não impossível. Basta darmos início a um movimento por uma emenda constitucional nesse sentido.
Pense bem nisso, divulgue essa ideia e, talvez, um dia, o povo possa ter de novo o poder que é só seu, em uma democracia verdadeira.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Continua a falta de vergonha…

 

Clique no link abaixo e leia a notícia:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/968902-maceio-aumenta-numero-de-vereadores-de-21-para-31.shtml

Dá para acreditar? Claro que dá. E, mais uma vez, resolveram tudo na VOTAÇÃO SECRETA!  E o povo, o que faz? Nada, como sempre.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Brasil vai muito bem, obrigado…

 

CORRUPTA 

A notícia está aqui:

  http://blogs.estadao.com.br/radar-politico/2011/08/30/ao-vivo-jaqueline-roriz-e-julgada-na-camara/

  Não posso ficar calado! Isso é a mais absoluta falta de vergonha! O pior de tudo é que não adianta gritar. Vejam isto: 256 deputados votaram a favor da grande corrupta, enquanto apenas cerca de 50 pessoas foram manifestar-se pela cassação da tal. Onde estava o resto da população enquanto isso acontecia? Dormindo? Será que nem com um vídeo mostrando tudo esse povo acorda?

  Enquanto houver o voto secreto no Brasil, não haverá justiça, não haverá responsabilidade nem responsabilização dos corruptos. Sabe o que eles fazem quando a porta se fecha para o voto secreto? Acha que ficam negociando em favor do povo? Nada! Negociam em benefício de si mesmos, acertam propinas, combinam tudo, inventam argumentos em favor do culpado e pronto! E o povo continua calado…

  Voto secreto por quê? Os eleitores que deram o mandato a esses crápulas não têm direito de saber o que os canalhas estão fazendo?

  Lamento, mas a vergonha é demais. Por isso, quando saio de casa, aqui nos Estados Unidos e ouço alguém falando português, viro as costas e vou para o outro lado da rua. Não posso sentir afinidade nem ter orgulho de um povo que aceita que essa sujeira política continue se repetindo. Foi a primeira vez? Não! Será a última? Também não.

  A mulher ainda é deputada, vai ter que ser respeitada como tal e, pior, vai ter um polpudo salário, benefícios de todo tipo e, ainda pior, imunidade para continuar fazendo sujeiras.

  A culpa não é só dos vagabundos que votaram a favor da corrupta. A culpa é de quem os elegeu e a culpa é sua, porque você não faz coisa alguma!

  V E R G O N H A    N A    C A R A,    M E U     P O V O !

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Para quem gosta de tecnologia.

Desde a semana passada o “Google Maps” tem uma novidade, que é a possibilidade de acompanharmos as informações sobre as condições meteorológicas vigentes  no mundo inteiro, em tempo real

Para ver o tempo na sua região, abra o “Google Maps” e clique m “Weather”, no canto direito superior, onde estão as opções para “Map”, “Satellite” e “Earth”.

Se você centralizar o mapa agora na região do Caribe, poderá acompanhar o furacão Irene, que está bem ao lado da cidade de Miami, onde moro. Felizmente, aqui não estamos sentindo os efeitos da tempestade, cujo centro está mais de 300 km a leste daqui.

Irene

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

E tome palavrão!

Houve época em que o palavrão era coisa de gente sem cultura, ou servia como válvula de escape em momentos difíceis. Uma pessoa tentando pregar um quadro na parede acertava o martelo no dedo e gritava um palavrão.

Ainda é assim. O palavrão ainda funciona como válvula de escape. Só que tornou-se muito mais comum e é usado com muito mais frequência, em todo e qualquer tipo de ambiente. Até no rádio e na televisão o palavrão é usado à vontade, em situações de comédia ou drama. É aceito como coisa normal.

Dizem alguns que o rádio e a televisão espelham a vida normal do povo e que, no caso do palavrão, ele é usado porque faz parte da vida do povo. Se você aceita esse argumento e permite que seus ouvidos e sua casa sejam invadidos por palavras de baixo calão o tempo todo, tudo bem. Comigo, não!

Comecei a trabalhar em rádio em 1956 e, naquela época, o palavreado tinha que ser o mais limpo possível. Mesmo assim, podíamos conversar horas e horas no rádio sem dizer uma só palavra ofensiva. Já havia novelas no rádio, espelhando a vida do povo, e nenhuma palavra de baixo calão era ouvida.

O pessoal que trabalha em rádio e TV hoje em dia afirma que o povo quer ouvir palavrão e, portanto, dá ao povo o que o povo quer. Mentira! O que existe é uma enorme falta de criatividade. Eles apelam para a ofensa pessoal como meio de atrair atenção e faturar com isso. Dizem palavrões porque não são capazes de conversar sério por mais do que um minuto ou dois. O palavrão é a única arma que permite a essa gente galgar os degraus da fama. Então, tome palavrão!

Mas, pensando bem, talvez eles tenham razão e eu esteja totalmente errado. Se o povo não quisesse ouvir palavrão, isso acabaria. O povo não só aceita, mas gosta dessa sujeira, gosta de ser desrespeitado e ofendido. Assim, há uma boa quantidade de palavras de baixíssimo calão que todos usam com a maior naturalidade hoje em dia. Vemos essas palavras na boca de homens e mulheres que se consideram pessoas de respeito, na boca de garotas e rapazes, de gente rica e gente pobre, de pessoas de nível universitário e de outras que fugiram da escola. Até as crianças dizem palavrões, impunemente. Para toda essa gente, dizer palavrão é normal.

Você tem coragem de dizer palavrão na frente de um delegado de polícia, na primeira vez que o encontra? Usa palavrões quando fala com seu pai, com sua mãe, com seu sogro ou sua sogra? Diz palavrões quando conversa com o padre ou o pastor da sua igreja? Acha que pode ligar para o prefeito, o governador do estado ou o presidente da República e rechear a conversa com palavras de baixo calão? Usa palavrão quando conversa com seu filho ou sua filha adolescente? Conversa com sua mulher (ou marido) aos palavrões?

Desculpe, mas isso não é coisa normal, não é sinal dos tempos, não é modernismo, nem é motivo de orgulho. É grosseria e falta de respeito.

Incrível! Escrevi um texto sobre palavrões, fui bastante incisivo em certos trechos e não usei um palavrão sequer! Você consegue isso?

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Não deixe seu melhor amigo para trás.

Um homem e seu cachorrinho caminhavam por uma estrada. O homem desfrutava do lindo cenário quando, de repente, notou que estava morto.

Lembrou-se de ter morrido e de que o cachorro que andava a seu lado também tinha morrido, muito tempo antes. Aonde estariam indo?

Depois de caminharem bastante, chegaram a um lugar onde havia uma longa e alta muralha ao lado da estrada. Parecia feita de fino mármore branco. No topo de uma colina, a muralha se transformava em um lindo arco, que brilhava sob a luz forte do sol.

Quando chegou diante do arco, o homem viu um lindo portão que parecia ter sido construído de madrepérola, e o caminho que levava ao portão era pavimentado de ouro puro. Ele caminhou com o cachorro em direção ao portão e, quando chegou perto, viu um homem idoso, sentado em uma escrivaninha ao lado. Aproximou-se e perguntou:

– Por favor, onde estamos?

-- Aqui é o paraíso, – respondeu o homem.

– Puxa, que legal! Será que posso tomar um copo d’água? – perguntou o homem. O outro respondeu:

– Claro, meu senhor. Entre que vou mandar buscar neste instante. – Ele acenou com o braço e o portão se abriu.

Apontando para o cachorrinho, o homem perguntou:

– Pode dar um pouco para meu amiguinho também?

– Infelizmente não aceitamos animais neste lugar, – disse o idoso.

O homem pensou um pouco e depois virou-se e voltou para a estrada, continuando sua caminhada com o cachorrinho.

Depois de andar durante várias horas, eles chegaram ao topo de outra colina, onde uma estradinha de terra levava a uma porteira que parecia nunca ter sido fechada. Não havia cerca naquele lugar.

Ao aproximar-se da porteira, ele viu outro homem lá dentro, encostado a uma árvore, lendo um livro.

– Com licença, – disse ele ao outro homem. – Posso tomar um pouco d’água?

– Claro, respondeu o outro. – Apontando para o poço, acrescentou: – Fique à vontade.

– E meu amiguinho? – perguntou o homem, apontando para o cachorro.

– Deve haver uma tigela de barro para ele, ao lado do poço.

O homem foi até o poço e tirou um balde d’água. Colocou um pouco na tigela de barro, deu para o cachorrinho e também tomou, até matar a sede. Depois, os dois voltaram para perto do homem encostado à árvore.

– Que lugar é este? – ele perguntou.

– Aqui é o paraíso, – foi a resposta.

– Estou confuso, – disse ele. – Encontrei um velho lá atrás que dizia que aquele lugar também era o paraíso…

– Está falando daquele lugar com a rua pavimentada de ouro e o portão de madrepérola? Não, aquilo é o inferno.

– Não fica irritado por eles usarem o nome do paraíso desse jeito? – perguntou o homem.

– Não, -- respondeu o outro. -- Ficamos contentes porque lá eles recebem todos os que deixam seu melhor amigo para trás…

domingo, 14 de agosto de 2011

Só 200 pessoas?

Só 200 pessoas são contra a corrupção em São Paulo? Inacreditável. Veja a notícia na Folha de São Paulo:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/959307-jovens-fazem-manifestacao-na-av-paulista-contra-a-corrupcao.shtml

Parece que a maior parte da população não quer mesmo o fim da corrupção…

sábado, 13 de agosto de 2011

Você é contra, ou a favor da corrupção?

Será que o brasileiro quer mesmo o fim da corrupção que está corroendo o país? É difícil acreditar nisso, porque parece que todo mundo está satisfeito com a situação.

As elites estão muito satisfeitas com a situação, porque podem comprar fiscais municipais, estaduais e federais, podem comprar juízes, podem comprar policiais, podem comprar diretores de autarquias, podem comprar prefeitos e vereadores, podem manipular concorrências públicas nos níveis municipais, estaduais e federais. As elites querem a manutenção do status quo porque lhes permite ficarem cada vez mais poderosas. As elites são respeitadas, invejadas e até veneradas por todos, Não querem o fim da corrupção.

A classe média está satisfeita com a situação. Acredita em tudo que o governo diz, acha que o Brasil saiu do buraco, que o país não tem mais problemas, que está imune para sempre de todo e qualquer tipo de crise e que vai tornar-se uma potência maior do que os Estados Unidos, o Japão e muitos países europeus antes do fim do mandato da atual presidente. A classe média não se preocupa em ter que viver cercada de muralhas ou em ser obrigada a dirigir carros blindados, não se importa com a total falta de segurança, finge que não sabe do enorme poderio dos traficantes de drogas e não olha para o péssimo estado das infra-estruturas nacionais. A classe média usa a corrupção dos políticos como desculpa para sonegar impostos. Está contente em poder pagar as prestações que lhe permitem fazer uma excursão internacional por ano, ao final da qual sempre consegue trazer algum contrabando escondido na mala. No fundo, não quer o fim da corrupção.

As classes mais baixas estão muito satisfeitas com a situação. Há todo tipo de programa federal que rende um dinheirinho fácil, vagas nas universidades, privilégios de todo tipo. Para muitos, nem é preciso trabalhar, porque os programas sociais do governo pagam tudo. A maior parte dessa gente nem sabe o que é corrupção e, portanto, vai votando em quem promete mais. 

A classe política está satisfeitíssima com a situação. Todos os parlamentos nacionais, sejam eles dos níveis municipais, estaduais ou federais, garantem gordos salários e benesses de todo tipo para seus membros. Em todos eles há uma infinidade de oportunidade para negociatas que acabam rendendo muito mais do que os elevados salários e verbas de representação. A classe política certamente não quer o fim da corrupção.

A classe política é sempre apontada como o único foco de corrupção no Brasil, mas a coisa não é bem assim. Há corrupção no executivo e no legislativo, mas também há corrupção no judiciário. E há corrupção nas empresas públicas e nas empresas privadas. Há corrupção na polícia, nos jornais e nas emissoras de rádio e televisão. Há corrupção no comércio e na indústria. Há corrupção nas escolas, nos hospitais, em toda parte. Se você precisa de alguma coisa, qualquer coisa, certamente irá conseguir tudo que quiser se tiver um dinheirinho para corromper alguém. É assim a nossa cultura.

Todas as classes sociais brasileiras aplaudem quando algum articulista escreve um texto bem elaborado criticando os corruptos e todo mundo dá gostosas gargalhadas quando os comediantes fazem piada, no rádio ou na TV, sobre a corrupção. Todos  comentam a respeito e poucos percebem que estão rindo de si mesmos.

Você também está satisfeito com a situação? É daqueles que criticam os corruptos mas, no fundo, gostariam de estar no lugar deles? Contenta-se em receber e passar adiante milhares de e-mails e PowerPoints que alguém compôs como crítica?

Ou você realmente é contra a corrupção? Gostaria de ver o país livrar-se desse câncer? Teria coragem de reagir, de manifestar-se abertamente contra os corruptos, de lutar contra os poderosos para mudar esse quadro vergonhoso? Seria capaz de correr riscos e de mostrar seu repúdio a pessoas que você conhece, que estão perto de você e que sabe que são corruptas?

Deve haver muita gente disposta a tornar o Brasil um país melhor. Espero que você seja uma dessas pessoas e que comece a perguntar a si mesmo o que pode fazer, como pode agir imediatamente para melhorar o país. Se chegar à conclusão de que nada pode fazer sozinho, pense em unir-se a outros, que querem a mesma coisa. Acredite, a união faz a força.

Reaja, antes que seja tarde demais. Eu estou tentando fazer a minha parte, e assino embaixo...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mais um corrupto na cadeia.

Tratavam-no com todo respeito, ele era o “meritíssimo” juiz de direito, titular da Vara de Menores no condado de Luzerne, em Pennsylvania, USA. Mas o indivíduo era um crápula dos maiores. Chama-se Mark Clavarella, e vai ter que trocar o terno caro por um macacão alaranjado….

Clavarella foi preso, julgado e, ontem, condenado a 28 anos de reclusão. Também será obrigado a pagar um milhão de dólares em restituição às suas vítimas. Nada de prisão domiciliar, nem prisão em sala especial. Cadeia comum mesmo!

Que esse sujeito fez? Simplesmente usava sua posição para condenar jovens ao internamento em reformatórios particulares. Esses reformatórios recebem uma determinada verba do governo por cada jovem internado por ordem judicial, e davam uma comissão ao tal juiz. Que sujeira, não?

O importante aqui é que o cara era juiz de direito, figura importantíssima no tal condado de Luzerne.

Sua sujeira foi descoberta, ele não se livrou da cadeia e ainda vai pagar uma pesada multa. Não era intocável, como muitos juízes se consideram…

http://www.cnn.com/2011/CRIME/08/12/pennsylvania.judge.sentenced/index.html?eref=mrss_igoogle_cnn

O_juiz

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Por onde você anda?

Fizeram-me essa pergunta esta semana.

Doente? Não.

Ocupado? Não muito.

Sem assunto? De jeito nenhum!

Sem inspiração? Também não.

Então, o quê?

Vou responder com uma palavra: projetos!

Sim, estou perdendo meu tempo com projetos. Bem, talvez não esteja perdendo meu tempo, mas investindo-o.

Por quê? Não pode uma pessoa que se aproxima dos 71 anos de vida acalentar novos sonhos, desenvolver projetos novos?

Desde que eu era muito jovem, decidi que jamais iria me aposentar, no sentido de aposentar-me para parar de trabalhar. Sou aposentado e recebo mensalmente da previdência uma certa quantia, que poderia ser considerada como pagamento pelos menus 50 e tantos anos de contribuição. Cá entre nós, acho que o que me mandam todos os meses não paga nem pelos primeiros cinco anos em que trabalhei. Mas, vá lá. Afinal, não sou o único aposentado que recebe uma ninharia todos os meses…

Enfim, aposentei-me oficialmente, mas não parei de trabalhar. Se tivesse parado, acho que não estaria mais aqui, porque simplesmente não suporto a ideia de fazer nada. Então, continuo trabalhando, porque gosto muito do que faço, porque o dinheiro não faz mal a ninguém e porque não posso ficar parado! E, nas horas de folga, dedico-me a projetos.

Sugiro que você faça a mesma coisa. É muito bom pensar, imaginar, bolar coisas diferentes, exercitar a massa cinzenta! Se não exercitamos o cérebro, ele vai se atrofiando, vai perdendo a capacidade de sonhar, de imaginar, de apreciar as boas coisas da vida, que são muitas e, na verdade, custam nada.

Um dia me disseram que os velhos são incapazes de criar, e que a capacidade criativa de um indivíduo atinge seu ponto mais alto por volta dos 25 anos de idade. Será? Não sei, não… Minha cabeça ferve todos os dias, cheia de idéias, planos, maquinações. Sempre foi assim.

Devo admitir que tem muita coisa que eu fazia aos 25 anos de idade e que, agora, não dá mais para eu fazer. O físico mudou muito, claro. Mas tem coisas que ainda faço sem problemas.

Com licença. Agora preciso cortar a grama em volta de minha casa…

 

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Conceitos muito diferentes.

Nenhum governo dos Estados Unidos, seja o federal, os estaduais ou os municipais, pode gastar um centavo sequer do dinheiro público em propaganda. Quando o governo empreende uma obra, só é colocada uma placa na própria obra, para identificar o projeto. Nada de anúncios pelo rádio, TV, jornais ou revistas.

As obras viárias, como pontes, viadutos ou estradas, quase nunca são inauguradas com cerimônias oficiais. Quando a obra é completada, ela é simplesmente aberta ao tráfego, geralmente durante as primeiras horas da madrugada.

Nenhum governo dos Estados Unidos, seja ele o federal, os estaduais ou os municipais, é dono de emissoras de rádio, com uma única exceção, a “Voz da América.” Essa emissora, conhecida no mundo inteiro, pertence ao governo federal dos Estados Unidos e é custeada totalmente com verbas governamentais. Dedica-se abertamente à propaganda dos Estados Unidos, mas tem um detalhe que pouca gente conhece. A “Voz da América” não transmite para dentro dos Estados Unidos, só para o exterior e está proibida de fazer propaganda do governo dentro do país.

Em países como o Brasil, existem as chamadas emissoras oficiais, as redes de rádio e TV educativas, por exemplo. A nível nacional, existe a EBC, ou a Empresa Brasil de Comunicação. Emissoras como essas são de propriedade do governo federal ou dos governos estaduais, e são totalmente custeadas com verbas públicas. É o que podemos chamar de empresas “públicas” no Brasil.

Nos Estados Unidos, o conceito de empresas “públicas”, na área de comunicações, é completamente diverso. Existe uma grande empresa nacional de Rádio, chamada NPR, ou National Public Radio (Rádio Pública Nacional), sediada em Washington, que coordena a programação de toda uma rede nacional de emissoras independentes, também chamadas de rádios “públicas”. Praticamente toda cidade importante do país tem uma dessas emissoras, e são centenas no país inteiro, inclusive no Alasca e no Havaí.

Certos programas da NPR são transmitidos em rede nacional, mas nem todos. As emissoras “públicas” locais também produzem seus programas e alguns desses programas produzidos localmente são distribuídos para o país todo ou para algumas emissoras apenas.

A NPR é a maior das redes de emissoras de rádios “públicas”, mas existem outras redes, também “públicas”. E existem redes “públicas” de televisão, a maior das quais é a PBS, também sediada em Washington.

Coloquei a palavra entre aspas para explicar como é o conceito de emissoras “públicas” de comunicações, aqui nos Estados Unidos, e há uma diferença fundamental, em relação às emissoras “públicas” do Brasil. Aqui, o governo nada tem a ver com as emissoras, embora contribua anualmente com uma verba fixa. Os governos estaduais também destinam uma verba às emissoras “públicas”. Porém, a maior percentagem dos orçamentos dessas emissoras é custeada exclusivamente por contribuições particulares, isto é, contribuições voluntárias de empresas, fundações e indivíduos. As empresas e fundações contribuem porque suas contribuições podem ser descontadas do imposto de renda. O mesmo ocorre com os indivíduos.

As emissoras “públicas” nos Estados Unidos não vendem publicidade. Elas só podem mencionar os nomes  e um slogan de seus contribuintes, na abertura e encerramento dos programas, e só mencionam um ou dois nomes de cada vez.

Esse sistema permite uma maior independência editorial às emissoras. Elas não ficam sujeitas aos ditames dos políticos, nem das grandes empresas.

Ao contrário das emissoras “públicas” no Brasil, cujos diretores são quase todos escolhidos de acordo com critérios políticos e geralmente nem pertencem à área de comunicações, as diretorias de emissoras públicas nos Estados Unidos são formadas quase que exclusivamente de especialistas na área de comunicações. Assim, a qualidade dos programas é excelente. Se você não acredita e quer conferir, sugiro que ouça estas emissoras pela Internet:

WBGH, Boston -  http://www.wgbh.org/includes/playerPopStream.cfm?station=objAllClassical

WKED, Pittsburgh - http://www.wqed.org/fm/listen.php

WETA, Washington - http://www.weta.org/files/streamingprerolls/preroll_8002.asx

Os links acima são das programações de música clássica dessas emissoras. Mas todas elas também transmitem programas noticiosos e outros. Se você fala inglês, visite o site de cada uma delas e procure ouvir os outros programas.

As emissoras públicas nos Estados Unidos podem ser ouvidas como qualquer outra emissora de rádio, e as de TV podem ser vistas como qualquer emissora de TV. Ninguém é obrigado a pagar para ouvir (como acontece em países da Europa) e contribui quem quiser contribuir. Os políticos não mandam nada nessas emissoras, e os governos não podem ordenar que façam coisa alguma, nem censurar sua programação.

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